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13/11/2006
-
10h50
da Folha Online
Ao menos 148 vôos sofreram atrasos no país, da 0h às 9h desta segunda-feira, segundo balanço parcial da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). O número equivale a 31,8% do total.
A espera, também ocorrida nos últimos dias, se agravou no domingo e persiste nesta segunda. Os problemas são maiores nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo. No aeroporto Tom Jobim, no Rio, as decolagens para as regiões Sul e Norte ficaram suspensas por aproximadamente meia hora, a partir das 8h57. As causas da interrupção e o número de vôos afetados não foram confirmados.
No início da manhã, os atrasos nos aeroportos variavam de meia hora a três horas. No domingo (12), a espera passou de oito horas em alguns casos.
Representantes do Ministério da Defesa, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), da Infraero e dos controladores devem se reunir hoje em Brasília para discutir a crise no setor.
Motivos
No fim de semana, os atrasos foram atribuídos à falta de operadores em Brasília. O setor, já desfalcado com o afastamento de controladores após a queda do Boeing da Gol, ficou sem outros dois profissionais no sábado --um teve um problema familiar e outro, quebrou a perna, de acordo com Wellington Rodrigues, presidente da ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo.
A Aeronáutica nega que o maior espaçamento entre as decolagens seja resultado de uma nova operação-padrão por parte dos controladores.
No final de outubro, os profissionais decidiram iniciar o movimento, com maior espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
Um funcionário da Infraero, que pediu para não ser identificado, disse à Folha que a situação iria piorar ainda mais com forte probabilidade de também continuar até o feriado de quarta-feira, Dia da República.
Crise
A falta de controladores em Brasília foi agravada após a queda do Boeing da Gol, em 29 de setembro, que resultou na morte dos 154 ocupantes. Após o acidente, ocorrido em Mato Grosso, um grupo de controladores foi afastado.
O resultado da operação-padrão foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. No dia 2, feriado de Finados, o tráfego aéreo entrou em colapso. Milhares de passageiros sofreram com esperas de até 20 horas e os prejuízos chegaram à rede hoteleira.
A reportagem apurou que alguns controladores estão insatisfeitos com as negociações feitas com o governo federal. O fato indica que a categoria poderia ter aumentado o intervalo entre as aeronaves nos horários de pico, desde quinta, como uma espécie de operação-padrão, em menor escala que a registrada no início do mês, como forma de pressionar o governo. A Aeronáutica nega.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
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Ao menos 148 vôos sofreram atrasos no país, da 0h às 9h desta segunda-feira, segundo balanço parcial da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). O número equivale a 31,8% do total.
A espera, também ocorrida nos últimos dias, se agravou no domingo e persiste nesta segunda. Os problemas são maiores nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo. No aeroporto Tom Jobim, no Rio, as decolagens para as regiões Sul e Norte ficaram suspensas por aproximadamente meia hora, a partir das 8h57. As causas da interrupção e o número de vôos afetados não foram confirmados.
No início da manhã, os atrasos nos aeroportos variavam de meia hora a três horas. No domingo (12), a espera passou de oito horas em alguns casos.
Representantes do Ministério da Defesa, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), da Infraero e dos controladores devem se reunir hoje em Brasília para discutir a crise no setor.
Motivos
No fim de semana, os atrasos foram atribuídos à falta de operadores em Brasília. O setor, já desfalcado com o afastamento de controladores após a queda do Boeing da Gol, ficou sem outros dois profissionais no sábado --um teve um problema familiar e outro, quebrou a perna, de acordo com Wellington Rodrigues, presidente da ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo.
A Aeronáutica nega que o maior espaçamento entre as decolagens seja resultado de uma nova operação-padrão por parte dos controladores.
No final de outubro, os profissionais decidiram iniciar o movimento, com maior espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
Um funcionário da Infraero, que pediu para não ser identificado, disse à Folha que a situação iria piorar ainda mais com forte probabilidade de também continuar até o feriado de quarta-feira, Dia da República.
Crise
A falta de controladores em Brasília foi agravada após a queda do Boeing da Gol, em 29 de setembro, que resultou na morte dos 154 ocupantes. Após o acidente, ocorrido em Mato Grosso, um grupo de controladores foi afastado.
O resultado da operação-padrão foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. No dia 2, feriado de Finados, o tráfego aéreo entrou em colapso. Milhares de passageiros sofreram com esperas de até 20 horas e os prejuízos chegaram à rede hoteleira.
A reportagem apurou que alguns controladores estão insatisfeitos com as negociações feitas com o governo federal. O fato indica que a categoria poderia ter aumentado o intervalo entre as aeronaves nos horários de pico, desde quinta, como uma espécie de operação-padrão, em menor escala que a registrada no início do mês, como forma de pressionar o governo. A Aeronáutica nega.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
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