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14/11/2006 - 13h18

Infraero registra atrasos em quase 30% dos vôos no país

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da Folha Online

Balanço parcial divulgado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) indica que 225 dos 757 vôos programados para decolar em todos os aeroportos brasileiros até o começo da tarde desta terça-feira sofreram atrasos. O número equivale a 29,7% do total. É o quatro dia de atrasos na primeira crise após o "apagão aéreo" de Finados.

De acordo com informações da estatal, no começo da tarde desta terça, havia mais atrasos no aeroporto Santos-Dumont, no Rio. Oito aviões das companhias TAM, Gol e Varig que deveriam ter decolado com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, das 10h40 às 12h33, ainda não tinham previsão de saída, às 13h.

Entre os pousos, ainda às 13h, seis aviões das empresas TAM e Gol, oriundos também de Congonhas, ainda não tinham previsão de chegada.

No aeroporto do Galeão, os pousos atrasados somavam 13. Três haviam sido cancelados --um deles oriundo de Congonhas, em São Paulo. Entre as decolagens, havia 19 atrasos e outros três cancelamentos.

No aeroporto de Congonhas, havia atrasos de aproximadamente duas horas em 11 pousos e cinco decolagens. No aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), havia nove pousos e quatro decolagens atrasados. Um avião da Gol com destino ao aeroporto do Galeão, no Rio, deveria ter saído às 10h10, mas ainda não tinha previsão, às 13h.

O aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF), tinha 12 pousos e cinco decolagens atrasados, ainda às 13h. Pelo menos duas decolagens --uma da Gol com destino a Manaus (AM) marcada para as 12h05 e uma da TAM com destino ao Rio agendada para 12h14-- ainda não tinham previsão para ocorrer.

No aeroporto Tancredo Neves, havia três pousos e uma decolagem atrasados, ainda às 13h. No aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, a situação era normal. Em Curitiba (PR), havia cinco pousos e cinco decolagens atrasados, no mesmo horário.

Falta de controladores

A reportagem apurou que a Aeronáutica voltou a convocar controladores de tráfego aéreo emergencialmente para pôr fim aos atrasos. A medida também foi adotada no dia 2 de novembro, feriado de Finados, quando o setor entrou em colapso.

O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, disse na segunda-feira (13) que ainda faltam operadores em Brasília. Ele disse acreditar que os atrasos deverão persistir enquanto esse número não for suficiente.

No mesmo dia, o setor de Comunicação da Aeronáutica havia negado o desfalque e informado que todos os consoles operavam normalmente, apesar da série de atrasos.

O setor, já desfalcado com o afastamento de controladores após a queda do Boeing da Gol, no dia 29 de setembro, ficou sem outros dois profissionais no último sábado (11) --um teve um problema familiar e outro, quebrou a perna, de acordo com Wellington Rodrigues, presidente da ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo.

No final de outubro, os controladores de tráfego aéreo decidiram, de forma isolada, iniciar a chamada operação-padrão, com maior espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante. O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos.

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