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15/11/2006
-
22h51
MARIA FERNANDA RIBEIRO
da Folha Ribeirão
Além de pedir ao Ministério Público o indiciamento da advogada Ariane dos Anjos, 31, por ter participado da morte de José Dias, juiz-corregedor de Presidente Prudente, o relatório final da CPI do Tráfico de Armas deve pedir também que a Promotoria investigue o envolvimento de mais quatro advogadas com o PCC.
São elas: Adriana Tellini Pedro, de Franca, Maria Cristina Rachado (advogada de Marcos Willians Camacho, o Marcola), Valéria Dammous e Libânia Catarina Fernandes. Com exceção de Tellini, as outras três estão presas na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto (314 km da capital).
De acordo com o vice-presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), o deputado federal Neucimar Fraga (PL-ES), o pedido de indiciamento será feito por causa dos depoimentos delas à comissão e em decorrência da quebra dos sigilos bancários e telefônicos.
"O dinheiro que elas [as advogadas] apresentavam no banco não condiz com a renda que elas declararam no Imposto de Renda", disse Fraga.
Em relação à quebra de sigilo bancário, o deputado informou que estão sendo feitos cruzamentos das contas dos membros ligados ao PCC com as das advogadas.
O objetivo é checar se os depósitos nas contas das advogadas foram feitos por pessoas ligadas à facção. Rachado, por exemplo, declarou em 2003 renda bruta de R$ 2.500, mas R$ 109 mil foram depositados em sua conta.
Das quatro advogadas, a quebra de sigilo de Dammous foi a que apresentou o menor valor em depósitos bancários. Entre 2002 e 2005, ela recebeu R$ 70,6 mil, sendo R$ 40,3 mil somente em 2003.
Para Mário de Oliveira Filho, advogado de Rachado, os membros da CPI dizem isso porque precisam de "holofote, independentemente de onde venha a luz." "Precisa ver se esse indiciamento vai ter fundamento e se vai ser acatado."
Rui Engracia Garcia, advogado de Tellini, disse que a cliente teve só um relacionamento amoroso com "um cara da facção", mas que isso não indica envolvimento com o PCC. Ariane não foi localizada pela reportagem --em entrevistas anteriores disse que foi surpreendente saber que será indiciada. Os advogados de Fernandes e Dammous não foram encontrados.
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CPI vai pedir indiciamento de mais 4 advogadas por envolvimento com PCC
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da Folha Ribeirão
Além de pedir ao Ministério Público o indiciamento da advogada Ariane dos Anjos, 31, por ter participado da morte de José Dias, juiz-corregedor de Presidente Prudente, o relatório final da CPI do Tráfico de Armas deve pedir também que a Promotoria investigue o envolvimento de mais quatro advogadas com o PCC.
São elas: Adriana Tellini Pedro, de Franca, Maria Cristina Rachado (advogada de Marcos Willians Camacho, o Marcola), Valéria Dammous e Libânia Catarina Fernandes. Com exceção de Tellini, as outras três estão presas na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto (314 km da capital).
De acordo com o vice-presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), o deputado federal Neucimar Fraga (PL-ES), o pedido de indiciamento será feito por causa dos depoimentos delas à comissão e em decorrência da quebra dos sigilos bancários e telefônicos.
"O dinheiro que elas [as advogadas] apresentavam no banco não condiz com a renda que elas declararam no Imposto de Renda", disse Fraga.
Em relação à quebra de sigilo bancário, o deputado informou que estão sendo feitos cruzamentos das contas dos membros ligados ao PCC com as das advogadas.
O objetivo é checar se os depósitos nas contas das advogadas foram feitos por pessoas ligadas à facção. Rachado, por exemplo, declarou em 2003 renda bruta de R$ 2.500, mas R$ 109 mil foram depositados em sua conta.
Das quatro advogadas, a quebra de sigilo de Dammous foi a que apresentou o menor valor em depósitos bancários. Entre 2002 e 2005, ela recebeu R$ 70,6 mil, sendo R$ 40,3 mil somente em 2003.
Para Mário de Oliveira Filho, advogado de Rachado, os membros da CPI dizem isso porque precisam de "holofote, independentemente de onde venha a luz." "Precisa ver se esse indiciamento vai ter fundamento e se vai ser acatado."
Rui Engracia Garcia, advogado de Tellini, disse que a cliente teve só um relacionamento amoroso com "um cara da facção", mas que isso não indica envolvimento com o PCC. Ariane não foi localizada pela reportagem --em entrevistas anteriores disse que foi surpreendente saber que será indiciada. Os advogados de Fernandes e Dammous não foram encontrados.
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