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23/11/2006
-
08h00
THIAGO REIS
da Agência Folha
Quelidiane Nunes, 26, foi assassinada anteontem a tiros pelo companheiro, Júlio César Schneider, 26, em Chapecó (587 km de Florianópolis). Ele se suicidou minutos depois.
É o quarto caso de violência contra mulheres que acaba em morte em pouco mais de um mês em Santa Catarina. Na semana passada, um engenheiro foi preso sob a acusação de atropelar e matar a mulher.
Segundo a Polícia Civil, Schneider fora autuado em flagrante na última sexta-feira por ter ameaçado Nunes. Enquadrado na lei Maria da Penha --que pune com prisão a violência contra mulheres--, foi preso. Nesta semana, teve concedida pela Justiça a liberdade provisória.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Schneider tenha se vingado da mulher, que o denunciou.
Conforme a Polícia Militar, o crime de anteontem ocorreu por volta das 18h30, em um bairro de classe média de Chapecó. Após discussão, Schneider se exaltou, sacou uma arma e atirou contra Nunes.
Ela foi alvejada no tórax e no braço esquerdo, de acordo com a PM, e morreu no local. Após os disparos, Schneider se matou com um tiro na cabeça.
Vizinhos disseram à PM que Nunes já estava fora de casa onde viviam juntos porque apanhava do companheiro, e que pretendia deixá-lo definitivamente, o que ele não aceitava.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. Um laudo pericial deverá confirmar o homicídio seguido de suicídio.
Nunes foi enterrada ontem em Águas de Chapecó (630 km de Florianópolis). Já Schneider foi sepultado em São Carlos (634 km da capital).
Outros casos
Em Florianópolis, um homem foi preso acusado de matar a mulher na frente dos dois filhos do casal na madrugada do dia 13 de outubro.
Em outro caso, um homem matou a mulher a facadas, por achar que era traído, em São José (região metropolitana da capital catarinense), em 22 de outubro. Preso, foi morto por companheiros de cela um dia depois. O casal tinha dois filhos.
Na semana passada, o engenheiro Paulo Steinbach, 33, atropelou e matou a artesã Yara Steinbach, 28, com duas crianças no carro --um menino de três anos, que era filho do casal, e uma garota de 11, do primeiro casamento de Yara.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 40% e 70% das mulheres mortas de forma violenta no mundo são assassinadas por maridos ou namorados. Dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres mostram que uma mulher é espancada a cada 15 segundos no Brasil.
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Quelidiane Nunes, 26, foi assassinada anteontem a tiros pelo companheiro, Júlio César Schneider, 26, em Chapecó (587 km de Florianópolis). Ele se suicidou minutos depois.
É o quarto caso de violência contra mulheres que acaba em morte em pouco mais de um mês em Santa Catarina. Na semana passada, um engenheiro foi preso sob a acusação de atropelar e matar a mulher.
Segundo a Polícia Civil, Schneider fora autuado em flagrante na última sexta-feira por ter ameaçado Nunes. Enquadrado na lei Maria da Penha --que pune com prisão a violência contra mulheres--, foi preso. Nesta semana, teve concedida pela Justiça a liberdade provisória.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Schneider tenha se vingado da mulher, que o denunciou.
Conforme a Polícia Militar, o crime de anteontem ocorreu por volta das 18h30, em um bairro de classe média de Chapecó. Após discussão, Schneider se exaltou, sacou uma arma e atirou contra Nunes.
Ela foi alvejada no tórax e no braço esquerdo, de acordo com a PM, e morreu no local. Após os disparos, Schneider se matou com um tiro na cabeça.
Vizinhos disseram à PM que Nunes já estava fora de casa onde viviam juntos porque apanhava do companheiro, e que pretendia deixá-lo definitivamente, o que ele não aceitava.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. Um laudo pericial deverá confirmar o homicídio seguido de suicídio.
Nunes foi enterrada ontem em Águas de Chapecó (630 km de Florianópolis). Já Schneider foi sepultado em São Carlos (634 km da capital).
Outros casos
Em Florianópolis, um homem foi preso acusado de matar a mulher na frente dos dois filhos do casal na madrugada do dia 13 de outubro.
Em outro caso, um homem matou a mulher a facadas, por achar que era traído, em São José (região metropolitana da capital catarinense), em 22 de outubro. Preso, foi morto por companheiros de cela um dia depois. O casal tinha dois filhos.
Na semana passada, o engenheiro Paulo Steinbach, 33, atropelou e matou a artesã Yara Steinbach, 28, com duas crianças no carro --um menino de três anos, que era filho do casal, e uma garota de 11, do primeiro casamento de Yara.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 40% e 70% das mulheres mortas de forma violenta no mundo são assassinadas por maridos ou namorados. Dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres mostram que uma mulher é espancada a cada 15 segundos no Brasil.
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