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25/11/2006
-
11h20
LEILA SUWWAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Entre 1998 e julho deste ano, a Aeronáutica registrou 796 casos confirmados de quase-colisões entre aviões. Apenas no ano passado, foram 80, dos quais 41 classificados como "risco crítico".
De janeiro a julho deste ano, ocorreram 22 quase-colisões aéreas, definidas no Brasil como a infração do espaço de segurança em volta de um avião --com 20 km de largura e 600 metros de altura.
A gravidade desses incidentes é conferida por uma investigação interna. Dependendo do tipo de falha que causa a proximidade, e não necessariamente a distância entre os aviões, é feita a classificação entre risco "potencial" e risco "crítico". Porém, controladores ouvidos explicam que o risco crítico geralmente envolve uma manobra evasiva de um dos aviões para evitar o choque.
O Comando da Aeronáutica divulgou as informações após o surgimento de relatos e documentos descrevendo riscos de segurança e algumas quase-colisões semelhantes à do acidente do vôo 1907 em 29 de setembro, que deixou 154 mortos.
Porém, o governo não fornece oficialmente nenhum detalhe sobre os locais ou aviões envolvidos nas estatísticas, ao contrário do que ocorre em outros países. Nos EUA, por exemplo, uma base de dados sobre todos os tipos de incidentes aéreos é de acesso público.
Segundo as informações divulgadas pela Aeronáutica, o número de incidentes no país vem caindo nos últimos anos. Em números absolutos, a média entre 1998 e 2001 foi de 113 quase-colisões por ano. Entre 2002 e 2005 foi de 81.
O dado deve ser considerado ao lado do volume de tráfego do país a cada ano. No Brasil, são cerca de 4 milhões de movimentos aéreos por ano, comparado com mais de 10 milhões para os Estados Unidos.
O índice que mede incidentes para cada 100 mil movimentos caiu de 1,52 em 1998 para 0,97 em 2005, com um pico em 2001 --houve 121 incidentes naquele ano.
Em esclarecimentos à imprensa, a Aeronáutica diz que a FAA registrou 899 incidentes de tráfego aéreo em 2002, mas a Folha verificou que foram recebidos 180 relatos preliminares, sendo que 26 foram críticos, 85 potenciais e 42 sem perigo. Lá, o número de relatos também vem diminuindo --em 2006, até 5 de outubro, houve 90 relatos de quase--colisões.
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Entre 1998 e julho deste ano, a Aeronáutica registrou 796 casos confirmados de quase-colisões entre aviões. Apenas no ano passado, foram 80, dos quais 41 classificados como "risco crítico".
De janeiro a julho deste ano, ocorreram 22 quase-colisões aéreas, definidas no Brasil como a infração do espaço de segurança em volta de um avião --com 20 km de largura e 600 metros de altura.
A gravidade desses incidentes é conferida por uma investigação interna. Dependendo do tipo de falha que causa a proximidade, e não necessariamente a distância entre os aviões, é feita a classificação entre risco "potencial" e risco "crítico". Porém, controladores ouvidos explicam que o risco crítico geralmente envolve uma manobra evasiva de um dos aviões para evitar o choque.
O Comando da Aeronáutica divulgou as informações após o surgimento de relatos e documentos descrevendo riscos de segurança e algumas quase-colisões semelhantes à do acidente do vôo 1907 em 29 de setembro, que deixou 154 mortos.
Porém, o governo não fornece oficialmente nenhum detalhe sobre os locais ou aviões envolvidos nas estatísticas, ao contrário do que ocorre em outros países. Nos EUA, por exemplo, uma base de dados sobre todos os tipos de incidentes aéreos é de acesso público.
Segundo as informações divulgadas pela Aeronáutica, o número de incidentes no país vem caindo nos últimos anos. Em números absolutos, a média entre 1998 e 2001 foi de 113 quase-colisões por ano. Entre 2002 e 2005 foi de 81.
O dado deve ser considerado ao lado do volume de tráfego do país a cada ano. No Brasil, são cerca de 4 milhões de movimentos aéreos por ano, comparado com mais de 10 milhões para os Estados Unidos.
O índice que mede incidentes para cada 100 mil movimentos caiu de 1,52 em 1998 para 0,97 em 2005, com um pico em 2001 --houve 121 incidentes naquele ano.
Em esclarecimentos à imprensa, a Aeronáutica diz que a FAA registrou 899 incidentes de tráfego aéreo em 2002, mas a Folha verificou que foram recebidos 180 relatos preliminares, sendo que 26 foram críticos, 85 potenciais e 42 sem perigo. Lá, o número de relatos também vem diminuindo --em 2006, até 5 de outubro, houve 90 relatos de quase--colisões.
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