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08/12/2006
-
18h41
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
Os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, comandantes do Legacy envolvido na queda do Boeing da Gol, deixaram o Brasil nesta sexta-feira com destino aos Estados Unidos, depois de prestar depoimento na sede da PF (Polícia Federal) em São Paulo, na Lapa (zona oeste). Eles estavam impedidos de deixar o país havia mais de dois meses.
No último dia 29 de setembro, o Legacy da empresa de táxi aéreo norte-americana ExcelAire comandado pelos dois pilotos bateu no ar contra um Boeing da Gol. Mesmo avariado, o Legacy conseguiu pousar, e seus sete ocupantes saíram ilesos. O Boeing, porém, caiu em uma região de mata fechada de Mato Grosso, e seus 154 ocupantes morreram.
Dias após o acidente, considerado o maior da história aeronáutica brasileira, os passaportes dos dois norte-americanos foram recolhidos pela PF, por força de uma ordem da Justiça. No começo desta semana, os advogados dos dois profissionais conseguiram reverter a decisão, e os documentos foram devolvidos nesta sexta.
Lepore e Paladino prestaram depoimento na PF durante mais de seis horas, nesta sexta. Eles não responderam a nenhuma pergunta, de acordo com os advogados, porque o delegado que preside o inquérito sobre o caso, Ramón Almeida da Silva, havia se mostrado disposto a indiciar os dois pilotos ainda antes de ouvi-los.
Os norte-americanos foram indiciados pelo crime de expor ao perigo uma embarcação ou uma aeronave, na modalidade culposa (sem intenção de matar) agravada por morte. Desta forma, eles estão sujeitos à mesma pena aplicada em casos de homicídio culposo, aumentada em um terço, o que equivale a um ano e quatro meses a quatro anos de prisão.
Em nota, a PF informou que o indiciamento foi feito "com base em elementos de provas existentes nos autos do inquérito policial, que apontam a falta dos cuidados necessários, esperados e exigíveis de pilotos durante a realização de um vôo". Para os defensores dos norte-americanos, a decisão foi precipitada, preconceituosa e fruto de pressão política.
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Pilotos do Legacy seguem para os EUA após indiciamento
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da Folha Online
Os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, comandantes do Legacy envolvido na queda do Boeing da Gol, deixaram o Brasil nesta sexta-feira com destino aos Estados Unidos, depois de prestar depoimento na sede da PF (Polícia Federal) em São Paulo, na Lapa (zona oeste). Eles estavam impedidos de deixar o país havia mais de dois meses.
No último dia 29 de setembro, o Legacy da empresa de táxi aéreo norte-americana ExcelAire comandado pelos dois pilotos bateu no ar contra um Boeing da Gol. Mesmo avariado, o Legacy conseguiu pousar, e seus sete ocupantes saíram ilesos. O Boeing, porém, caiu em uma região de mata fechada de Mato Grosso, e seus 154 ocupantes morreram.
Dias após o acidente, considerado o maior da história aeronáutica brasileira, os passaportes dos dois norte-americanos foram recolhidos pela PF, por força de uma ordem da Justiça. No começo desta semana, os advogados dos dois profissionais conseguiram reverter a decisão, e os documentos foram devolvidos nesta sexta.
Lepore e Paladino prestaram depoimento na PF durante mais de seis horas, nesta sexta. Eles não responderam a nenhuma pergunta, de acordo com os advogados, porque o delegado que preside o inquérito sobre o caso, Ramón Almeida da Silva, havia se mostrado disposto a indiciar os dois pilotos ainda antes de ouvi-los.
Os norte-americanos foram indiciados pelo crime de expor ao perigo uma embarcação ou uma aeronave, na modalidade culposa (sem intenção de matar) agravada por morte. Desta forma, eles estão sujeitos à mesma pena aplicada em casos de homicídio culposo, aumentada em um terço, o que equivale a um ano e quatro meses a quatro anos de prisão.
Em nota, a PF informou que o indiciamento foi feito "com base em elementos de provas existentes nos autos do inquérito policial, que apontam a falta dos cuidados necessários, esperados e exigíveis de pilotos durante a realização de um vôo". Para os defensores dos norte-americanos, a decisão foi precipitada, preconceituosa e fruto de pressão política.
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