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23/12/2006 - 12h50

Mãe e filha são detidas após desacatar policial

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PAULO SAMPAIO
da Folha de S.Paulo

Uma discussão que durou alguns minutos com um agente da Polícia Federal atrasou a viagem da universitária gaúcha, Fabiana Silveira, 29, em mais de 24 horas. A estudante e sua mãe, a advogada Tânia Silveira, 54, haviam saído do Rio Grande do Sul, no dia anterior, por volta das 17h30, mas o vôo que as levaria para Aracaju, para visitar a irmã de Fabiana, Michele Silveira, só decolou na manhã de ontem.

Elas dormiram em um hotel em Porto Alegre pago pela TAM. A confusão, porém, aconteceu no aeroporto de Cumbica, onde, segundo as duas passageiras, nem era para terem feito escala. "Nossa escala deveria ter sido no Rio de Janeiro", disse Fabiana.

Por volta das 15h, de ontem, as duas tinham as suas malas despachadas, prontas para embarcar num vôo das 18h20. Foi quando Tânia se meteu em uma "discussãozinha bestial" entre um policial e um passageiro que havia furado fila. No momento em que o agente estava passando uma descompostura no passageiro, Tânia teria dito "Deixa o coitado do rapaz". O policial, segundo ela, reagiu: "Eu mando aqui. Sou da Federal". Fabiana entrou na discussão e disse que qualquer cidadão pode prender outro se ele tiver feito algo de errado.

"Os próprios policiais podem ser presos", disse. De acordo com a universitária, a discussão aumentou de tom até que as partes foram afastadas pela "turma do deixa-disso". Após a rusga, as duas foram ao portão de embarque onde teriam sido ameaçadas pelo policial, que teria dito "de mim vocês não escapam".

Tânia conta que, três horas depois, próximas ao portão de embarque, foram perseguidas e detidas pelos policiais. Tânia, entre choros e descabelada, revoltou-se com o episódio. "Minha vida foi sempre rigorosamente honesta, e agora isso...". Fabiana, que toma remédios para depressão, afirma ter sofrido uma crise de ansiedade e caído no chão com dores no peito, dentro posto da PF.

"Bá! A menina desmaiou duas vezes...", conta a mãe. Segundo a delegada Regiane Martinelli, as passageiras afrontaram as autoridades e foi preciso recolher as duas por alguns minutos. "Foi uma gritaria. Elas agrediam até os policiais".

A dupla logo foi liberada pela delegada, mas só deverá embarcar rumo a Aracaju, se um juiz de plantão der um parecer favorável à sua liberação. Ambas são acusadas por desacato.

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