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26/12/2006 - 08h37

Anac começa a fiscalizar venda de bilhetes para o Réveillon

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Para evitar que os transtornos enfrentados pelos passageiros nos dias que antecederam o Natal voltem a ocorrer no feriado do Ano Novo, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) inicia nesta terça-feira uma fiscalização no sistema de reserva de todas as companhias aéreas.

Também nesta terça a agência começa uma auditoria na TAM, com sede em São Paulo, "para conhecer os motivos dos transtornos registrados nos últimos dias." A empresa terá de explicar por que precisou de 17 aeronaves extras para transportar passageiros nos últimos três dias. A companhia aérea alegou que tinha seis aviões em manutenção, daí o desequilíbrio entre as passagens vendidas e sua efetiva capacidade operacional.

Para a Anac, as contas entre o estoque de reservas e os embarques efetuados pela empresa não batem, e a TAM deverá apresentar uma justificativa para o fato de, em alguns casos, haver 25 passageiros presentes no check-in mas não embarcados em um mesmo vôo.

Problemas

Em nota divulgada na segunda-feira (25), a Anac afirmou que a espera dos principais aeroportos brasileiros diminuiu, mas o número de cancelamentos aumentou. Desde a noite do último dia 19, milhares de passageiros foram atingidos por uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos que, mais uma vez, provocou a superlotação dos saguões e salas de embarque dos terminais.

De acordo com a própria agência, houve mais cancelamentos nesta segunda devido à "reorganização da malha aérea e à readequação dos horários dos vôos".

Os problemas foram atribuídos a um "efeito dominó" que, ainda segundo a Anac, começou com o fechamento --por cerca de 50 minutos-- do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, devido ao mau tempo, no dia 19; à parada de seis aviões da TAM para manutenção e à queda da rede de dados da companhia no aeroporto Tom Jobim, no Rio, na mesma data.

Sem as aeronaves da TAM e as dificuldades de reagendar os vôos e reacomodar os passageiros levantou suspeita de "overbooking" --venda de passagens acima da capacidade dos aviões. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve irregularidade e cabe à empresa grande parte da culpa pela crise atual. "Não dá para passageiro ficar no aeroporto esperando avião que não existe", afirmou sábado (23).

Na sexta-feira, os aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) foram colocados à disposição das empresas aéreas para transportar passageiros da TAM, ainda de acordo com a Anac. Seis aviões da BRA, Varig, OceanAir e Gol também transportaram passageiros da TAM.

Crise

Desde outubro último, o setor aéreo enfrentou diversas seqüências de atrasos e cancelamentos de vôos. No começo, elas foram causadas pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. Recentemente, porém, houve atrasos provocados por uma pane e, agora, pelo fechamento de Congonhas.

Para o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), a situação nos aeroportos do país só deve ser inteiramente normalizada no primeiro semestre de 2007.

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