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04/01/2007
-
15h15
da Folha Online
O delegado Paulo Sérgio Maluf Barroso disse acreditar que o presidiário Edson Félix dos Santos, 34, manteve Carla Joelma Alencar Viana, 33, refém por 36 horas por motivos passionais. Delegado em Osasco, Barroso acompanhou as 36 horas de negociação entre o presidiário e a polícia.
Um relacionamento interrompido contra sua vontade teria levado Santos a fazer Carla sua refém. Segundo o delegado --supervisor da Delegacia de Homicídios e do Grupo Anti-Seqüestro--, Santos não admitiu em depoimento que cometeu um crime e disse que a ocorrência começou com uma discussão sobre o relacionamento.
"Tudo indica que a motivação [do seqüestro] é passional. Mas ele parecia estar bastante frio, não falava frases desconexas. Não aparenta ter nenhum problema", afirmou o delegado.
Santos cumpria pena em regime semi-aberto e recebeu o benefício de saída temporária para ver a família durante as festas de final de ano. Deveria voltar na terça-feira (2), mas resolveu ir até a casa de Carla, armado com um revólver 38. De uma discussão, segundo a polícia, passou a manter a mulher sob seu poder.
"A impressão que tive é de que o relacionamento acabou contra a vontade dele", disse o delegado.
Relação sexual
Em depoimento, Santos disse à polícia que manteve relação sexual com Carla durante o seqüestro. Ela negou.
"Enviamos a vítima ao hospital para realizar exames que vão apontar se houve relação sexual e se foi consensual ou não. Caso eles tenham se relacionado sem a concessão dela, a pena dele vai se agravar por crime de estupro", afirmou o delegado.
Cansaço
Ao longo das 36 horas, a casa de Carla foi cercada por dezenas de policiais e curiosos. Segundo o tenente-coronel Flávio Jari Depieri, comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Choque, que acompanhou as horas finais do seqüestro, as negociações foram difíceis porque Santos não tinha reivindicações claras e limitava-se a dizer que não queria voltar para o presídio.
Na tarde de quarta, policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que conduziam as negociações, cortaram luz, telefone e água da residência. A estratégia, segundo o oficial Depieri, foi a de tentar vencer pelo cansaço.
Na madrugada desta quinta-feira, a tática deu certo. O detento adormeceu, exausto, e Carla conseguiu fugir pela janela.
Após a fuga da ex-mulher, Santos aceitou se entregar. Às 4h55, ele saiu da casa. Preso e algemado, foi levado para o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da Delegacia Seccional de Osasco.
Dentro da casa, a polícia encontrou o revólver 38 usado por Santos, com cinco munições intactas.
Com Agora
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Um relacionamento interrompido contra sua vontade teria levado Santos a fazer Carla sua refém. Segundo o delegado --supervisor da Delegacia de Homicídios e do Grupo Anti-Seqüestro--, Santos não admitiu em depoimento que cometeu um crime e disse que a ocorrência começou com uma discussão sobre o relacionamento.
"Tudo indica que a motivação [do seqüestro] é passional. Mas ele parecia estar bastante frio, não falava frases desconexas. Não aparenta ter nenhum problema", afirmou o delegado.
Santos cumpria pena em regime semi-aberto e recebeu o benefício de saída temporária para ver a família durante as festas de final de ano. Deveria voltar na terça-feira (2), mas resolveu ir até a casa de Carla, armado com um revólver 38. De uma discussão, segundo a polícia, passou a manter a mulher sob seu poder.
"A impressão que tive é de que o relacionamento acabou contra a vontade dele", disse o delegado.
Relação sexual
Em depoimento, Santos disse à polícia que manteve relação sexual com Carla durante o seqüestro. Ela negou.
"Enviamos a vítima ao hospital para realizar exames que vão apontar se houve relação sexual e se foi consensual ou não. Caso eles tenham se relacionado sem a concessão dela, a pena dele vai se agravar por crime de estupro", afirmou o delegado.
Cansaço
Ao longo das 36 horas, a casa de Carla foi cercada por dezenas de policiais e curiosos. Segundo o tenente-coronel Flávio Jari Depieri, comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Choque, que acompanhou as horas finais do seqüestro, as negociações foram difíceis porque Santos não tinha reivindicações claras e limitava-se a dizer que não queria voltar para o presídio.
Na tarde de quarta, policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que conduziam as negociações, cortaram luz, telefone e água da residência. A estratégia, segundo o oficial Depieri, foi a de tentar vencer pelo cansaço.
Na madrugada desta quinta-feira, a tática deu certo. O detento adormeceu, exausto, e Carla conseguiu fugir pela janela.
Após a fuga da ex-mulher, Santos aceitou se entregar. Às 4h55, ele saiu da casa. Preso e algemado, foi levado para o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da Delegacia Seccional de Osasco.
Dentro da casa, a polícia encontrou o revólver 38 usado por Santos, com cinco munições intactas.
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