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09/01/2007
-
14h57
da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Polícia Civil mantém as investigações para tentar esclarecer o assassinato de Rennê Sena, 54, que, em 2005, foi um dos ganhadores da Mega Sena. Ele foi morto a tiros na manhã do último domingo (7), em um bar da área rural de Rio Bonito (75 km do Rio).
O delegado Ademir de Oliveira Silva, da 119ª DP (Rio Bonito), preferiu não adiantar a linha de investigação por considerar que os trabalhos ainda estão no começo. Ele já ouviu oito pessoas e novos depoimentos devem ocorrer nesta semana.
Silva esperava ouvir nesta terça-feira Adriana Almeida, mulher de Sena. No entanto, de acordo com o delegado, um advogado alegou que Adriana está com problemas de saúde e pediu que o depoimento fosse adiado. Com isso, ela deverá ser ouvida na próxima sexta (12).
A polícia também quer ouvir funcionários da fazenda onde Sena passou a morar depois de acertar sozinho o concurso 679 da Mega Sena e levar, em julho de 2005, R$ 51.890.452,61.
Quando amputou as pernas, anos antes, em razão do diabetes, o açougueiro se aposentou. Vivia em situação de quase miséria. Para se sustentar, vendia flores às margens da BR-101 em sua cadeira de rodas. Foi abandonado pela mulher, que levara a filha única.
Com o prêmio lotérico, Sena voltou a ser procurado pelos parentes, que tinham se afastado e a quem distribuiu dinheiro e imóveis. Casou ainda com uma mulher 25 anos mais nova.
A vítima foi morta por um homem que usava capacete e ocupava uma moto. O criminoso levou a pochete dele, mas deixou o relógio e a aliança.
Investigação
O delegado afirma que o assassino conhecia os hábitos da vítima. Afirmou ter várias "linhas de investigação" --entre elas, disse, o envolvimento de Adriana.
Advogado contratado por ela, o criminalista Alexandre Dumans, com escritório no Rio, confirmou a suspeita do delegado, com quem conversou reservadamente.
"Ele acha que minha cliente é um dos suspeitos. Está no direito dele", afirmou Dumans.
Adriana não quis dar entrevistas, mas o advogado falou por ela. Disse que, meses após o prêmio, Sena registrou um novo testamento, em que deixava toda a fortuna e todos os seus bens para ela. Estavam juntos havia cerca de um ano, mas não chegaram a se casar.
A família contesta a validade do testamento. O irmão Miguel disse que a família não reconhece Adriana como viúva. Para a família, a herdeira natural é a filha única de Sena, Renata, 20.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A Polícia Civil mantém as investigações para tentar esclarecer o assassinato de Rennê Sena, 54, que, em 2005, foi um dos ganhadores da Mega Sena. Ele foi morto a tiros na manhã do último domingo (7), em um bar da área rural de Rio Bonito (75 km do Rio).
O delegado Ademir de Oliveira Silva, da 119ª DP (Rio Bonito), preferiu não adiantar a linha de investigação por considerar que os trabalhos ainda estão no começo. Ele já ouviu oito pessoas e novos depoimentos devem ocorrer nesta semana.
Silva esperava ouvir nesta terça-feira Adriana Almeida, mulher de Sena. No entanto, de acordo com o delegado, um advogado alegou que Adriana está com problemas de saúde e pediu que o depoimento fosse adiado. Com isso, ela deverá ser ouvida na próxima sexta (12).
A polícia também quer ouvir funcionários da fazenda onde Sena passou a morar depois de acertar sozinho o concurso 679 da Mega Sena e levar, em julho de 2005, R$ 51.890.452,61.
Quando amputou as pernas, anos antes, em razão do diabetes, o açougueiro se aposentou. Vivia em situação de quase miséria. Para se sustentar, vendia flores às margens da BR-101 em sua cadeira de rodas. Foi abandonado pela mulher, que levara a filha única.
Com o prêmio lotérico, Sena voltou a ser procurado pelos parentes, que tinham se afastado e a quem distribuiu dinheiro e imóveis. Casou ainda com uma mulher 25 anos mais nova.
A vítima foi morta por um homem que usava capacete e ocupava uma moto. O criminoso levou a pochete dele, mas deixou o relógio e a aliança.
Investigação
O delegado afirma que o assassino conhecia os hábitos da vítima. Afirmou ter várias "linhas de investigação" --entre elas, disse, o envolvimento de Adriana.
Advogado contratado por ela, o criminalista Alexandre Dumans, com escritório no Rio, confirmou a suspeita do delegado, com quem conversou reservadamente.
"Ele acha que minha cliente é um dos suspeitos. Está no direito dele", afirmou Dumans.
Adriana não quis dar entrevistas, mas o advogado falou por ela. Disse que, meses após o prêmio, Sena registrou um novo testamento, em que deixava toda a fortuna e todos os seus bens para ela. Estavam juntos havia cerca de um ano, mas não chegaram a se casar.
A família contesta a validade do testamento. O irmão Miguel disse que a família não reconhece Adriana como viúva. Para a família, a herdeira natural é a filha única de Sena, Renata, 20.
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