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12/02/2007
-
12h57
da Folha Online
O nome do menino João Hélio Fernandes, 6, será dado pela Prefeitura do Rio a uma praça no bairro Cascadura (zona norte do Rio). Ele morreu na noite da última quarta (7), ao ser arrastado por diversas ruas daquela região por cerca de 7 km, preso ao cinto de segurança do carro de sua família, que estava sendo roubado.
De acordo com a prefeitura, a praça que será batizada com o nome de João tem, atualmente, o nome de Praça Três Lagoas e conta com brinquedos infantis, árvores, mesas e bancos.
Cinco rapazes --sendo um adolescente-- estão presos acusados de envolvimento na morte da criança. Na terça-feira (13), a Polícia Civil do Rio deve fazer uma acareação entre eles.
Os suspeitos detidos são um adolescente de 16 anos; Diego Nascimento da Silva, 18; Carlos Roberto da Silva, 21; Tiago Abreu Mattos, 18; e Carlos Eduardo Toledo Lima, 23. Com a acareação, a polícia quer esclarecer divergências sobre a participação de cada um no crime, apontadas nos depoimentos deles. A principal dúvida refere-se ao número de pessoas que estavam no Corsa Sedan, enquanto o menino era arrastado.
Para a polícia, os cinco foram ao local do crime, uma rua em Oswaldo Cruz --no subúrbio do Rio--, no táxi dirigido por Tiago. Carlos Eduardo, Diego e o jovem teriam participado efetivamente do assalto.
O delegado Hércules Nascimento, da 30ª DP, responsável pelo caso, disse que será feita a reconstituição do crime a partir de informações de moradores que presenciaram a passagem do veículo. A família do menino e os suspeitos não devem participar.
Apelo
Em entrevista exibida pelo "Fantástico"', da Rede Globo, na noite de domingo (11), os pais de João Hélio pediram a atenção dos governantes para conter a violência no Rio e defenderam a redução da maioridade penal.
"Queria que os governantes tivessem alma e vissem o João Hélio como filho, não como mais um. Ah, morreu, amanhã outros vão morrer. Não pode. Tem de acabar, tem que mudar. Tem de rever a legislação. O Rio de Janeiro não pode ser encarado [da mesma forma que outros Estados]. É um caso específico. Estados mais violentos têm de ter um legislação específica. Se os menores de 18 anos cometem crimes bárbaros, eles têm sim de ser punidos. Eles não podem só ficar três anos, para daqui a três anos matarem um outro João. Eles não têm coração", disse Rosa Cristina Fernandes Vieites, a mãe do menino.
Crime
João estava na companhia da mãe e da irmã Aline, 14, quando o carro deles foi parado pelo grupo de assaltantes.
Rosa e a filha conseguiram sair, mas quando a mãe tentava retirar o menino do carro, os ladrões arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada do lado de fora, presa ao cinto de segurança. João foi arrastado durante 15 minutos, por 14 ruas, e o carro acabou abandonado em uma rua de Cascadura. O corpo do menino foi encontrado dilacerado.
Presos
Os quatro suspeitos maiores de idade devem ser indiciados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e formação de quadrilha. O adolescente deverá cumprir medida socioeducativa por no máximo três anos.
Em depoimento à Polícia Civil, ao menos um dos suspeitos --o Diego-- havia dito que não sabia que o menino havia ficado preso ao cinto de segurança. Uma testemunha do crime, porém, diz que alertou os ocupantes do carro de que havia uma criança pendurada do lado de fora, mas eles responderam que era "um boneco de Judas".
Colaborou a Folha de S.Paulo, no Rio
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O nome do menino João Hélio Fernandes, 6, será dado pela Prefeitura do Rio a uma praça no bairro Cascadura (zona norte do Rio). Ele morreu na noite da última quarta (7), ao ser arrastado por diversas ruas daquela região por cerca de 7 km, preso ao cinto de segurança do carro de sua família, que estava sendo roubado.
De acordo com a prefeitura, a praça que será batizada com o nome de João tem, atualmente, o nome de Praça Três Lagoas e conta com brinquedos infantis, árvores, mesas e bancos.
Cinco rapazes --sendo um adolescente-- estão presos acusados de envolvimento na morte da criança. Na terça-feira (13), a Polícia Civil do Rio deve fazer uma acareação entre eles.
Os suspeitos detidos são um adolescente de 16 anos; Diego Nascimento da Silva, 18; Carlos Roberto da Silva, 21; Tiago Abreu Mattos, 18; e Carlos Eduardo Toledo Lima, 23. Com a acareação, a polícia quer esclarecer divergências sobre a participação de cada um no crime, apontadas nos depoimentos deles. A principal dúvida refere-se ao número de pessoas que estavam no Corsa Sedan, enquanto o menino era arrastado.
Para a polícia, os cinco foram ao local do crime, uma rua em Oswaldo Cruz --no subúrbio do Rio--, no táxi dirigido por Tiago. Carlos Eduardo, Diego e o jovem teriam participado efetivamente do assalto.
O delegado Hércules Nascimento, da 30ª DP, responsável pelo caso, disse que será feita a reconstituição do crime a partir de informações de moradores que presenciaram a passagem do veículo. A família do menino e os suspeitos não devem participar.
Apelo
Em entrevista exibida pelo "Fantástico"', da Rede Globo, na noite de domingo (11), os pais de João Hélio pediram a atenção dos governantes para conter a violência no Rio e defenderam a redução da maioridade penal.
"Queria que os governantes tivessem alma e vissem o João Hélio como filho, não como mais um. Ah, morreu, amanhã outros vão morrer. Não pode. Tem de acabar, tem que mudar. Tem de rever a legislação. O Rio de Janeiro não pode ser encarado [da mesma forma que outros Estados]. É um caso específico. Estados mais violentos têm de ter um legislação específica. Se os menores de 18 anos cometem crimes bárbaros, eles têm sim de ser punidos. Eles não podem só ficar três anos, para daqui a três anos matarem um outro João. Eles não têm coração", disse Rosa Cristina Fernandes Vieites, a mãe do menino.
Crime
João estava na companhia da mãe e da irmã Aline, 14, quando o carro deles foi parado pelo grupo de assaltantes.
Rosa e a filha conseguiram sair, mas quando a mãe tentava retirar o menino do carro, os ladrões arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada do lado de fora, presa ao cinto de segurança. João foi arrastado durante 15 minutos, por 14 ruas, e o carro acabou abandonado em uma rua de Cascadura. O corpo do menino foi encontrado dilacerado.
Presos
Os quatro suspeitos maiores de idade devem ser indiciados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e formação de quadrilha. O adolescente deverá cumprir medida socioeducativa por no máximo três anos.
Em depoimento à Polícia Civil, ao menos um dos suspeitos --o Diego-- havia dito que não sabia que o menino havia ficado preso ao cinto de segurança. Uma testemunha do crime, porém, diz que alertou os ocupantes do carro de que havia uma criança pendurada do lado de fora, mas eles responderam que era "um boneco de Judas".
Colaborou a Folha de S.Paulo, no Rio
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