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03/03/2007
-
11h58
IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo
Por limitações orçamentárias, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) optou por um alargamento da pista de pouso auxiliar do aeroporto de Congonhas em vez de uma ampliação de seu comprimento.
Uma pista maior exige a desapropriação de moradores da área, uma operação da ordem de bilhões de reais. A retirada de moradores de áreas próximas também causaria forte impacto na opinião pública, sobre um setor já combalido politicamente pela crise aérea.
Internamente, a Infraero também passou a avaliar mais detalhadamente as alternativas para ligar os aeroportos de Congonhas e Guarulhos.
A maior dificuldade está no valor dos projetos, por isso tem certa vantagem a criação de um serviço de ônibus entre os dois principais aeroportos do país. Qualquer medida, porém, só será tomada no médio prazo, ou no final do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Após a reforma, a largura da pista auxiliar passará dos atuais 49 metros para 54 metros, elevando a margem de segurança para o pouso de aviões maiores. As aeronaves de grande porte hoje são direcionadas para a pista principal, deixando à auxiliar o fluxo de jatos executivos, táxi aéreo e até jatos pequenos --como Fokker-100 e modelos Embraer.
A decisão da Infraero será vital para minimizar o impacto da reforma da pista principal de Congonhas, prevista para ter início em cerca de quatro meses depois do encerramento da obra atual.
O alargamento da pista auxiliar permitirá o pouso de um número maior de jatos comerciais, como os Boeings e Airbus utilizados pelas principais empresas aéreas nacionais. Assim, será menor a quantidade de vôos regulares transferidos para os aeroportos de Cumbica e Viracopos, durante a reforma da pista principal.
Durante a obra na pista auxiliar, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) decidiu, depois de receber sugestões em uma audiência pública, transferir um número maior de vôos fretados, charter, aviões particulares, táxi aéreo e jatos executivos para Guarulhos e Campinas. Poupou a aviação de carreira para reduzir transtornos.
A escolha também possui bastidores políticos. Anac, Infraero e a Aeronáutica sofrem pressão de políticos de São Paulo e Brasília para evitar o tanto quanto possível a transferência de vôos regulares para Guarulhos. Este componente também pesou na decisão de alargar a pista auxiliar.
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Infraero decide alargar pista de Congonhas
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da Folha de S.Paulo
Por limitações orçamentárias, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) optou por um alargamento da pista de pouso auxiliar do aeroporto de Congonhas em vez de uma ampliação de seu comprimento.
Uma pista maior exige a desapropriação de moradores da área, uma operação da ordem de bilhões de reais. A retirada de moradores de áreas próximas também causaria forte impacto na opinião pública, sobre um setor já combalido politicamente pela crise aérea.
Internamente, a Infraero também passou a avaliar mais detalhadamente as alternativas para ligar os aeroportos de Congonhas e Guarulhos.
A maior dificuldade está no valor dos projetos, por isso tem certa vantagem a criação de um serviço de ônibus entre os dois principais aeroportos do país. Qualquer medida, porém, só será tomada no médio prazo, ou no final do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Após a reforma, a largura da pista auxiliar passará dos atuais 49 metros para 54 metros, elevando a margem de segurança para o pouso de aviões maiores. As aeronaves de grande porte hoje são direcionadas para a pista principal, deixando à auxiliar o fluxo de jatos executivos, táxi aéreo e até jatos pequenos --como Fokker-100 e modelos Embraer.
A decisão da Infraero será vital para minimizar o impacto da reforma da pista principal de Congonhas, prevista para ter início em cerca de quatro meses depois do encerramento da obra atual.
O alargamento da pista auxiliar permitirá o pouso de um número maior de jatos comerciais, como os Boeings e Airbus utilizados pelas principais empresas aéreas nacionais. Assim, será menor a quantidade de vôos regulares transferidos para os aeroportos de Cumbica e Viracopos, durante a reforma da pista principal.
Durante a obra na pista auxiliar, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) decidiu, depois de receber sugestões em uma audiência pública, transferir um número maior de vôos fretados, charter, aviões particulares, táxi aéreo e jatos executivos para Guarulhos e Campinas. Poupou a aviação de carreira para reduzir transtornos.
A escolha também possui bastidores políticos. Anac, Infraero e a Aeronáutica sofrem pressão de políticos de São Paulo e Brasília para evitar o tanto quanto possível a transferência de vôos regulares para Guarulhos. Este componente também pesou na decisão de alargar a pista auxiliar.
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