17/03/2007 - 18h19

Quadro de PM baleado permanece estável; 12 morrem em oito dias

da Folha Online

O estado de saúde do cabo da PM (Polícia Militar) Agnaldo Gomes Lima, que foi atingido por dois tiros no peito na manhã deste sábado, em Coelho Neto (subúrbio do Rio), é estável e ele não corre risco de morrer, de acordo com informações da própria corporação. Desde o último dia 8, 12 PMs foram assassinados no Rio.

Lima trafegava em seu carro quando foi abordado e rendido por ladrões, no cruzamento da rua Cajurana com a avenida Brasil.

Os criminosos teriam atirado contra o PM --que está lotado no 3º Batalhão-- ao perceberem que ele estava armado com uma pistola. Eles fugiram no carro de Lima que, mais tarde, foi encontrado abandonado perto do local do crime. A pistola que o PM levava desapareceu.

O PM foi atingido três vezes nas costas, ainda de acordo com a corporação. Ele passou por uma cirurgia e aguarda transferência para o HPM (Hospital da Polícia Militar).

Seqüência

Desde a semana passada, 12 policiais foram mortos no Rio. Uma missa será celebrada na próxima terça-feira (20), na igreja da Candelária (centro da cidade), em memória das vítimas.

A Alerj (Assembléia Legislativa do Rio) instaurou uma CPI para apurar as mortes de policiais no Estado. O deputado Coronel Jairo (PSC), presidente da comissão, pretende ouvir depoimentos de parentes dos policiais mortos e de representantes de sindicatos. O relatório deve ser encaminhado às autoridades de Segurança Pública do Estado.

Na sexta-feira (16), o presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, defendeu o Estado do Rio tenha um plano emergencial para garantir a segurança dos policiais. "Aquele que é encarregado de preservar a segurança do cidadão não pode ficar vítima do crime organizado."

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