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18/03/2007
-
19h53
da Folha Online
O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) afirmou em seu blog que quer apoiar o italiano Cesare Battisti, 52, preso na manhã deste domingo pela PF (Polícia Federal), em Copacabana (zona sul do Rio). Ele é apontado como ex-terrorista de extrema-esquerda daquele país e estava foragido havia 26 anos.
Battisti foi um dos chefes da organização de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), ligada às Brigadas Vermelhas. Ele foi preso em 1979 e fugiu em 1981. Julgado à revelia, foi condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua em 1993, por ter matado quatro pessoas, entre 1978 e 1979. Ele sempre negou envolvimento nos crimes.
Para Gabeira, o fato de a PF estar articulando a extradição de Battisti é um "pesadelo" para o italiano porque "os anos de conflito na Itália continuam".
Enquanto permaneceu foragido, Battisti encontrou refúgio no México e depois na França, em um momento em que o então presidente François Mitterrand se negava a extraditar ativistas italianos que tivessem renunciado à violência. Quando a França finalmente aceitou extraditar o italiano, em outubro de 2004, ele havia fugido --provavelmente para o Brasil.
Em seu blog, Gabeira afirma que a Itália, ao contrário do Brasil, não deixou que as "feridas dos anos 60" cicatrizassem.
"Ele [Battisti] recebeu asilo político no período de Miterrand [sic] e, depois, nos anos [Jacques] Chirac, este asilo lhe foi anulado. Caso raro na Justiça européia. Publicando livros quase anualmente, Battisti é um homem dedicado ao seu trabalho intelectual. Políticos como François Hollande já lhe deram apoio. Battisti merece nosso apoio", afirma Gabeira.
Investigação
De acordo com informações da agência de notícias Reuters, a polícia francesa descobriu o paradeiro de Battisti ao seguir pistas de uma amiga dele, que teria vindo ao Brasil para lhe entregar dinheiro. Quando foi preso, o italiano não portava documentos. Foi preciso que os agentes confirmassem a identidade deles, pelas impressões digitais.
Battisti permanecerá preso no sistema prisional do Rio ou de Brasília enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) aguarda a apresentação do pedido de extradição da Justiça italiana e decide se o aceita.
Para o ministro da Justiça da Itália, Clemente Mastella, disse que Battisti deve ser extraditado o mais rápido possível, conforme afirmou em declaração à agência Ansa.
Com agências internacionais
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O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) afirmou em seu blog que quer apoiar o italiano Cesare Battisti, 52, preso na manhã deste domingo pela PF (Polícia Federal), em Copacabana (zona sul do Rio). Ele é apontado como ex-terrorista de extrema-esquerda daquele país e estava foragido havia 26 anos.
Battisti foi um dos chefes da organização de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), ligada às Brigadas Vermelhas. Ele foi preso em 1979 e fugiu em 1981. Julgado à revelia, foi condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua em 1993, por ter matado quatro pessoas, entre 1978 e 1979. Ele sempre negou envolvimento nos crimes.
Para Gabeira, o fato de a PF estar articulando a extradição de Battisti é um "pesadelo" para o italiano porque "os anos de conflito na Itália continuam".
Enquanto permaneceu foragido, Battisti encontrou refúgio no México e depois na França, em um momento em que o então presidente François Mitterrand se negava a extraditar ativistas italianos que tivessem renunciado à violência. Quando a França finalmente aceitou extraditar o italiano, em outubro de 2004, ele havia fugido --provavelmente para o Brasil.
Em seu blog, Gabeira afirma que a Itália, ao contrário do Brasil, não deixou que as "feridas dos anos 60" cicatrizassem.
"Ele [Battisti] recebeu asilo político no período de Miterrand [sic] e, depois, nos anos [Jacques] Chirac, este asilo lhe foi anulado. Caso raro na Justiça européia. Publicando livros quase anualmente, Battisti é um homem dedicado ao seu trabalho intelectual. Políticos como François Hollande já lhe deram apoio. Battisti merece nosso apoio", afirma Gabeira.
Investigação
De acordo com informações da agência de notícias Reuters, a polícia francesa descobriu o paradeiro de Battisti ao seguir pistas de uma amiga dele, que teria vindo ao Brasil para lhe entregar dinheiro. Quando foi preso, o italiano não portava documentos. Foi preciso que os agentes confirmassem a identidade deles, pelas impressões digitais.
Battisti permanecerá preso no sistema prisional do Rio ou de Brasília enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) aguarda a apresentação do pedido de extradição da Justiça italiana e decide se o aceita.
Para o ministro da Justiça da Itália, Clemente Mastella, disse que Battisti deve ser extraditado o mais rápido possível, conforme afirmou em declaração à agência Ansa.
Com agências internacionais
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