Publicidade
Publicidade
19/03/2007
-
20h08
da Folha Online
Os três suspeitos pela morte de três franceses em Copacabana (zona sul do Rio de Janeiro) trocaram acusações durante o depoimento nesta segunda-feira ao 3º Tribunal do Júri. O casal Christian Doupes e Delphine Douyere e o amigo Jérôme Faure foram assassinadas no dia 27 de fevereiro.
Na quarta-feira (14) o juiz Sidney Rosa da Silva acatou a denúncia e decretou a prisão preventiva de Társio Wilson Ramires, 25, Luís Gonzaga Gonçalves de Oliveira, 28, e José Maciel Gonçalves Cardoso, 35.
De acordo com a assessoria do TJ (Tribunal de Justiça), os primeiros a prestarem depoimento foram Ramires e José Michel. Ambos afirmaram ao juiz que as vítimas foram esfaqueadas por Luiz.
No entanto, em seu depoimento, Luiz disse que o crime foi cometido pelos outros dois.
O interrogatório começou por volta às 13h30 e durou cerca de três horas. De acordo com o TJ, Ramires alegou que era ameaçado por Delphine e Jérôme por ter descoberto que os franceses teriam cometido irregularidades nas contas da organização.
O acusado afirmou que queria pedir demissão da instituição, mas cobrava da ONG uma dívida trabalhista, que era negada por Delphine.
Ramires ainda apontou Luiz como o autor dos ataques, de acordo com o depoimento. O primeiro a morrer teria sido Jérôme e, logo depois, Delphine. Ramires contou que teria cortado a mão durante tentativa de tirar uma faca de Luiz, quando este atacava Christian. Michel teria fugido antes do início dos crimes.
Já Luiz disse ao juiz que Ramires e José Michel abordaram Jérôme, cada um com uma faca, que haviam levado em suas mochilas, e o amarraram.
Ele afirmou no depoimento que a empregada chegou chegou em seguida, mas Ramires a atendeu pela janelinha da porta e a dispensou. Logo após, chegou Delphine e Ramires a recebeu esfaqueando-a.
Luiz prosseguiu dizendo que o porteiro tocou a campainha, pois ouviu Delphine gritando por socorro. Ramires também o atendeu pela janelinha da porta e ela gritou por causa da queda de um dos computadores. Nesse momento, segundo o depoimento, Luiz foi para cima de Ramires na tentativa de tirar a faca de sua mão e acabou se cortando.
O juiz marcou a próxima audiência para o dia 9 de abril, às 12h. Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público.
Denúncia
Na denúncia, o Ministério Público Estadual afirma que o crime teria sido planejado por Ramires, que era funcionário da ONG (organização não-governamental) dos franceses, para acobertar um desfalque de R$ 80 mil.
Segundo a promotoria, os crimes foram cometidos "com emprego de meio cruel, de forma a impossibilitar a defesa das vítimas, e com o intuito de ocultar e assegurar a impunidade da prática de outros crimes"
De acordo com a denúncia, no mesmo dia do crime, os acusados subtraíram objetos e dinheiro que estavam no cofre da ONG e também tentaram provocar um incêndio no apartamento.
Os três réus vão responder por homicídios qualificados.
Leia mais
Acusados de matar franceses prestam depoimento à Justiça no Rio
Leia capítulo de Folha Explica a Violência Urbana
Especial
Leia o que já foi publicado sobre crimes envolvendo estrangeiros
Suspeitos de matar franceses trocam acusações em depoimento no Rio
Publicidade
Os três suspeitos pela morte de três franceses em Copacabana (zona sul do Rio de Janeiro) trocaram acusações durante o depoimento nesta segunda-feira ao 3º Tribunal do Júri. O casal Christian Doupes e Delphine Douyere e o amigo Jérôme Faure foram assassinadas no dia 27 de fevereiro.
Na quarta-feira (14) o juiz Sidney Rosa da Silva acatou a denúncia e decretou a prisão preventiva de Társio Wilson Ramires, 25, Luís Gonzaga Gonçalves de Oliveira, 28, e José Maciel Gonçalves Cardoso, 35.
De acordo com a assessoria do TJ (Tribunal de Justiça), os primeiros a prestarem depoimento foram Ramires e José Michel. Ambos afirmaram ao juiz que as vítimas foram esfaqueadas por Luiz.
No entanto, em seu depoimento, Luiz disse que o crime foi cometido pelos outros dois.
O interrogatório começou por volta às 13h30 e durou cerca de três horas. De acordo com o TJ, Ramires alegou que era ameaçado por Delphine e Jérôme por ter descoberto que os franceses teriam cometido irregularidades nas contas da organização.
O acusado afirmou que queria pedir demissão da instituição, mas cobrava da ONG uma dívida trabalhista, que era negada por Delphine.
Ramires ainda apontou Luiz como o autor dos ataques, de acordo com o depoimento. O primeiro a morrer teria sido Jérôme e, logo depois, Delphine. Ramires contou que teria cortado a mão durante tentativa de tirar uma faca de Luiz, quando este atacava Christian. Michel teria fugido antes do início dos crimes.
Já Luiz disse ao juiz que Ramires e José Michel abordaram Jérôme, cada um com uma faca, que haviam levado em suas mochilas, e o amarraram.
Ele afirmou no depoimento que a empregada chegou chegou em seguida, mas Ramires a atendeu pela janelinha da porta e a dispensou. Logo após, chegou Delphine e Ramires a recebeu esfaqueando-a.
Luiz prosseguiu dizendo que o porteiro tocou a campainha, pois ouviu Delphine gritando por socorro. Ramires também o atendeu pela janelinha da porta e ela gritou por causa da queda de um dos computadores. Nesse momento, segundo o depoimento, Luiz foi para cima de Ramires na tentativa de tirar a faca de sua mão e acabou se cortando.
O juiz marcou a próxima audiência para o dia 9 de abril, às 12h. Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público.
Denúncia
Na denúncia, o Ministério Público Estadual afirma que o crime teria sido planejado por Ramires, que era funcionário da ONG (organização não-governamental) dos franceses, para acobertar um desfalque de R$ 80 mil.
Segundo a promotoria, os crimes foram cometidos "com emprego de meio cruel, de forma a impossibilitar a defesa das vítimas, e com o intuito de ocultar e assegurar a impunidade da prática de outros crimes"
De acordo com a denúncia, no mesmo dia do crime, os acusados subtraíram objetos e dinheiro que estavam no cofre da ONG e também tentaram provocar um incêndio no apartamento.
Os três réus vão responder por homicídios qualificados.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice