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20/03/2007
-
09h03
da Folha Online
Após a seqüência de atrasos registrada desde o último domingo (18), a situação nos aeroportos melhorou nesta terça, mas a espera ainda persiste em alguns terminais. A expectativa é que os horários dos vôos voltem ao normal ao longo do dia.
Balanço da Infraero (estatal que administra os aeroportos) mostra que, da 0h às 8h, 62 dos 398 programados sofreram atrasos de mais de uma hora (15,6%). Na segunda, durante todo o dia, a espera de mais de uma hora atingiu 566 dos 1.949 vôos programados (29%).
No aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), um dos mais afetados pela nova crise do setor, a situação é considerada tranqüila. Dos 55 vôos programados para ocorrer das 5h30 às 8h30, quatro sofreram atrasos e dois foram cancelados.
No aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, o dia também começou com atrasos considerados normais pela Infraero. No Rio, os atrasos são, em média, de 40 minutos nos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont.
Pane, apagão e cachorro
Os problemas que resultaram no novo apagão aéreo do país começaram no domingo. Na ocasião, a chuva interrompeu as operações de pouso e decolagem em Congonhas por aproximadamente duas horas. No mesmo dia, uma falha no sistema de processamento de plano de vôos, no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, ampliou o espaçamento entre as decolagens. O centro é responsável pelo tráfego aéreo no Sudeste e no Centro-Oeste do país.
Também no domingo, uma queda de energia no aeroporto de Brasília agravou o problema. O resultado foi um "efeito cascata" de atrasos no país e aeroportos lotados.
Na manhã de segunda-feira (19), além dos reflexos dos atrasos que começaram no domingo, Congonhas voltou a ser fechado --das 7h49 às 8h17-- por causa de um cachorro que invadiu a pista do aeroporto. O fato contribuiu para aumentar os atrasos.
Investigação
Para tentar solucionar a nova crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a apuração imediata e rigorosa das causas do problema para que sejam tomadas as ações necessárias. O governo, no entanto, não divulgou quais seriam essas ações.
Lula esteve reunido na manhã de segunda-feira, com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef; com o ministro da Defesa, Waldir Pires; com o general Jorge Armando Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito; e com representantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Infraero.
Em nota, o Ministério da Defesa afirma que o presidente determinou, ainda, "que os usuários recebam as informações de modo rápido e correto nos aeroportos e que sejam implementados equipamentos reserva eficientes e eficazes".
Os transtornos ocorrem em meio à discussão sobre a instalação de uma CPI na Câmara para apurar a crise aérea. A base governista tenta barrar a comissão. Relator do mandado de segurança apresentado pelos partidos de oposição --que querem a CPI--, o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), adiou a decisão sobre o caso e estabeleceu dez dias para que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), apresente informações sobre o caso.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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Após a seqüência de atrasos registrada desde o último domingo (18), a situação nos aeroportos melhorou nesta terça, mas a espera ainda persiste em alguns terminais. A expectativa é que os horários dos vôos voltem ao normal ao longo do dia.
Balanço da Infraero (estatal que administra os aeroportos) mostra que, da 0h às 8h, 62 dos 398 programados sofreram atrasos de mais de uma hora (15,6%). Na segunda, durante todo o dia, a espera de mais de uma hora atingiu 566 dos 1.949 vôos programados (29%).
19.mar.2007/Folha Imagem |
Passageiros lotaram o saguão do aeroporto de Congonhas em meio à nova crise aérea |
No aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, o dia também começou com atrasos considerados normais pela Infraero. No Rio, os atrasos são, em média, de 40 minutos nos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont.
Pane, apagão e cachorro
Os problemas que resultaram no novo apagão aéreo do país começaram no domingo. Na ocasião, a chuva interrompeu as operações de pouso e decolagem em Congonhas por aproximadamente duas horas. No mesmo dia, uma falha no sistema de processamento de plano de vôos, no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, ampliou o espaçamento entre as decolagens. O centro é responsável pelo tráfego aéreo no Sudeste e no Centro-Oeste do país.
Também no domingo, uma queda de energia no aeroporto de Brasília agravou o problema. O resultado foi um "efeito cascata" de atrasos no país e aeroportos lotados.
Na manhã de segunda-feira (19), além dos reflexos dos atrasos que começaram no domingo, Congonhas voltou a ser fechado --das 7h49 às 8h17-- por causa de um cachorro que invadiu a pista do aeroporto. O fato contribuiu para aumentar os atrasos.
Investigação
Para tentar solucionar a nova crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a apuração imediata e rigorosa das causas do problema para que sejam tomadas as ações necessárias. O governo, no entanto, não divulgou quais seriam essas ações.
Lula esteve reunido na manhã de segunda-feira, com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef; com o ministro da Defesa, Waldir Pires; com o general Jorge Armando Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito; e com representantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Infraero.
Em nota, o Ministério da Defesa afirma que o presidente determinou, ainda, "que os usuários recebam as informações de modo rápido e correto nos aeroportos e que sejam implementados equipamentos reserva eficientes e eficazes".
Os transtornos ocorrem em meio à discussão sobre a instalação de uma CPI na Câmara para apurar a crise aérea. A base governista tenta barrar a comissão. Relator do mandado de segurança apresentado pelos partidos de oposição --que querem a CPI--, o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), adiou a decisão sobre o caso e estabeleceu dez dias para que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), apresente informações sobre o caso.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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