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24/03/2007
-
08h59
MARIANA PINTO
do Agora
A mãe do menino de dois anos que até anteontem era mantido amarrado pelo avô, o aposentado José Nunes de Oliveira, 64 anos, afirmou em depoimento à polícia que não sabia dos maus-tratos sofridos pelo filho.
Anteontem à noite, a dona-de-casa Simone Nunes Oliveira, 20 anos, prestou depoimento da delegacia de Ibiúna (64 km de SP). Segundo o delegado José de Arruda Madureira Júnior, ela afirmou que deixava o filho com o aposentado havia aproximadamente 60 dias. Afirmou não saber que seu pai amarrava seu filho no quintal com dois vira-latas e um pit bull.
O delegado contou que o pai da criança morreu há pouco mais de um ano durante uma troca de tiros com a Polícia Militar da cidade. Segundo Madureira Júnior, ele tinha antecedentes criminais por roubo. Simone teria dito ainda à polícia que deixava o filho com o avô porque havia arrumado um namorado novo e estava morando com ele.
Anteontem, o menino foi levado para um abrigo de crianças em Ibiúna, por ordem do juiz Wendell Lopes Barbosa de Souza. Nos próximos dias, o juiz determinará com quem ficará a guarda da criança e decidirá se irá ou não pedir o indiciamento da mãe por abandono de incapaz, crime cuja a pena varia de seis meses a três anos de detenção. O avô foi preso anteontem em flagrante suspeito de tortura.
Um tio do menino teria se oferecido para ficar com o garoto, mas ainda não oficializou o pedido ao juiz.
O acusado foi transferido ontem para a Cadeia Pública de Pilar do Sul ( 142 Km de São Paulo). Em depoimento à polícia, ele confessou que mantinha o garoto a maior parte do tempo amarrado. O aposentado afirmou fazer isso para evitar que o menino arrancasse as mudas do jardim e que ele caísse em um lago no mesmo terreno.
Apesar de ser aposentado, Oliveira sobrevivia da venda de mudas de eucaliptos, cultivadas em seu quintal. "Ele está arrependido. Falou que não imaginava que isso fosse algo errado."
Segundo o delegado, o aposentado morava com a mulher numa casa no bairro de Aiapí, zona rural de Ibiúna. A mulher deve ser ouvida na próxima semana. "Ela é debilitada e quem cuidava mesmo do menino era mesmo o avô", afirmou o delegado.
Foram vizinhos que denunciaram o aposentado. A criança passava o dia num quintal da casa, amarrada por uma corda de um metro e meio.
"Ele (Oliveira) prendia a corda na camiseta do menino e o amarrava a uma janela", contou o delegado. Quando policiais chegaram no local, a criança demonstrava estar assustada e chorava muito. Ao lado dos cachorros, havia um colchão para que o menino pudesse dormir. O aposentado pode pegar de dois a oito anos de cadeia.
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Mãe afirma que não sabia de garoto amarrado
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A mãe do menino de dois anos que até anteontem era mantido amarrado pelo avô, o aposentado José Nunes de Oliveira, 64 anos, afirmou em depoimento à polícia que não sabia dos maus-tratos sofridos pelo filho.
Anteontem à noite, a dona-de-casa Simone Nunes Oliveira, 20 anos, prestou depoimento da delegacia de Ibiúna (64 km de SP). Segundo o delegado José de Arruda Madureira Júnior, ela afirmou que deixava o filho com o aposentado havia aproximadamente 60 dias. Afirmou não saber que seu pai amarrava seu filho no quintal com dois vira-latas e um pit bull.
O delegado contou que o pai da criança morreu há pouco mais de um ano durante uma troca de tiros com a Polícia Militar da cidade. Segundo Madureira Júnior, ele tinha antecedentes criminais por roubo. Simone teria dito ainda à polícia que deixava o filho com o avô porque havia arrumado um namorado novo e estava morando com ele.
Anteontem, o menino foi levado para um abrigo de crianças em Ibiúna, por ordem do juiz Wendell Lopes Barbosa de Souza. Nos próximos dias, o juiz determinará com quem ficará a guarda da criança e decidirá se irá ou não pedir o indiciamento da mãe por abandono de incapaz, crime cuja a pena varia de seis meses a três anos de detenção. O avô foi preso anteontem em flagrante suspeito de tortura.
Um tio do menino teria se oferecido para ficar com o garoto, mas ainda não oficializou o pedido ao juiz.
O acusado foi transferido ontem para a Cadeia Pública de Pilar do Sul ( 142 Km de São Paulo). Em depoimento à polícia, ele confessou que mantinha o garoto a maior parte do tempo amarrado. O aposentado afirmou fazer isso para evitar que o menino arrancasse as mudas do jardim e que ele caísse em um lago no mesmo terreno.
Apesar de ser aposentado, Oliveira sobrevivia da venda de mudas de eucaliptos, cultivadas em seu quintal. "Ele está arrependido. Falou que não imaginava que isso fosse algo errado."
Segundo o delegado, o aposentado morava com a mulher numa casa no bairro de Aiapí, zona rural de Ibiúna. A mulher deve ser ouvida na próxima semana. "Ela é debilitada e quem cuidava mesmo do menino era mesmo o avô", afirmou o delegado.
Foram vizinhos que denunciaram o aposentado. A criança passava o dia num quintal da casa, amarrada por uma corda de um metro e meio.
"Ele (Oliveira) prendia a corda na camiseta do menino e o amarrava a uma janela", contou o delegado. Quando policiais chegaram no local, a criança demonstrava estar assustada e chorava muito. Ao lado dos cachorros, havia um colchão para que o menino pudesse dormir. O aposentado pode pegar de dois a oito anos de cadeia.
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