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28/03/2007
-
16h07
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão) disse nesta quarta-feira que o governo federal vai analisar a reivindicação de reajustes salariais dos policiais federais e considerou o movimento de greve de 24 horas --iniciada às 8h30-- "um pouco precipitado".
Bernardo negou que a promessa de aumento salarial tenha sido efetivada pelo governo. "Vocês não vão achar que nós saímos por aí prometendo reajustes para todo mundo. Nós queremos fazer isso avaliando aquilo que é reivindicado, se é justo. Se tem procedência a reivindicação, pode ser atendida, se nós tivermos também recursos para isso", afirmou.
A categoria protesta contra o não-cumprimento de um acordo salarial fechado com o antecessor do ministro Tarso Genro (Justiça), Márcio Thomaz Bastos.
Pelo acordo --negociado em fevereiro de 2006--, os policiais federais receberiam 60% de reajuste dividido em duas parcelas. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) reclama que somente a primeira parcela de 30% foi paga. A segunda, prometida para dezembro de 2006, ainda não saiu.
Segundo o ministro, o governo vai fazer o que for possível --dentro de suas limitações orçamentárias-- para atender à reivindicação dos policiais.
Ele evitou comentar os percentuais de reajuste defendidos pela categoria. "É precipitado falar em percentual, nós temos que ouvi-los, eles têm que apresentar as reivindicações. Nós vamos ouvir e vamos fazer. O que nós estamos querendo na verdade nessa coisa de servidores públicos é ter um planejamento de mais longo prazo", afirmou.
Greve
Apesar de considerar legítimo o direito de greve dos policiais federais, o ministro reiterou a defesa da proposta de regulamentação das paralisações no país --que foi alvo de duras críticas das entidades sindicais.
"Eu acho que nós temos que avançar na discussão de como tornar lei um processo de negociação dos servidores públicos e ao mesmo tempo como tornar regulamentado o direito que existe na Constituição sobre greve. Acho que isso tem que ser regulamentado e a lei vai dizer o que deve ser feito."
Adesão
Segundo levantamento da Fenapef, somente os policiais federais dos Estados de Alagoas e Santa Catarina não aderiram à paralisação.
Com o movimento, os serviços de investigação e de emissão de laudos periciais estão suspensos. Os setores de emissão de passaportes também está parado, exceto para pessoas que tem viagens marcadas para hoje e amanhã.
Em São Paulo, os policiais federais prometiam realizar uma operação-padrão --reduzindo o efetivo à metade-- nos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital, e de Guarulhos, na região metropolitana. Esperava-se que o movimento atrasasse embarques e desembarques e provocasse filas nos setores de imigração e liberação de produtos restritos.
Porém, ainda pela manhã, o presidente da Associação dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo, Francisco Carlos Sabino, anunciou que a operação-padrão havia sido cancelada por "respeito à população que tem sofrido com a crise aérea".
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão) disse nesta quarta-feira que o governo federal vai analisar a reivindicação de reajustes salariais dos policiais federais e considerou o movimento de greve de 24 horas --iniciada às 8h30-- "um pouco precipitado".
Bernardo negou que a promessa de aumento salarial tenha sido efetivada pelo governo. "Vocês não vão achar que nós saímos por aí prometendo reajustes para todo mundo. Nós queremos fazer isso avaliando aquilo que é reivindicado, se é justo. Se tem procedência a reivindicação, pode ser atendida, se nós tivermos também recursos para isso", afirmou.
A categoria protesta contra o não-cumprimento de um acordo salarial fechado com o antecessor do ministro Tarso Genro (Justiça), Márcio Thomaz Bastos.
Folha Imagem |
Policiais federais estendem faixa em frente à sede da Superintendência em São Paulo |
Pelo acordo --negociado em fevereiro de 2006--, os policiais federais receberiam 60% de reajuste dividido em duas parcelas. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) reclama que somente a primeira parcela de 30% foi paga. A segunda, prometida para dezembro de 2006, ainda não saiu.
Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem |
Com paralisação, pessoas encontram portão da Superintendência da PF em SP fechado |
Segundo o ministro, o governo vai fazer o que for possível --dentro de suas limitações orçamentárias-- para atender à reivindicação dos policiais.
Ele evitou comentar os percentuais de reajuste defendidos pela categoria. "É precipitado falar em percentual, nós temos que ouvi-los, eles têm que apresentar as reivindicações. Nós vamos ouvir e vamos fazer. O que nós estamos querendo na verdade nessa coisa de servidores públicos é ter um planejamento de mais longo prazo", afirmou.
Greve
Apesar de considerar legítimo o direito de greve dos policiais federais, o ministro reiterou a defesa da proposta de regulamentação das paralisações no país --que foi alvo de duras críticas das entidades sindicais.
"Eu acho que nós temos que avançar na discussão de como tornar lei um processo de negociação dos servidores públicos e ao mesmo tempo como tornar regulamentado o direito que existe na Constituição sobre greve. Acho que isso tem que ser regulamentado e a lei vai dizer o que deve ser feito."
Adesão
Segundo levantamento da Fenapef, somente os policiais federais dos Estados de Alagoas e Santa Catarina não aderiram à paralisação.
Com o movimento, os serviços de investigação e de emissão de laudos periciais estão suspensos. Os setores de emissão de passaportes também está parado, exceto para pessoas que tem viagens marcadas para hoje e amanhã.
Em São Paulo, os policiais federais prometiam realizar uma operação-padrão --reduzindo o efetivo à metade-- nos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital, e de Guarulhos, na região metropolitana. Esperava-se que o movimento atrasasse embarques e desembarques e provocasse filas nos setores de imigração e liberação de produtos restritos.
Porém, ainda pela manhã, o presidente da Associação dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo, Francisco Carlos Sabino, anunciou que a operação-padrão havia sido cancelada por "respeito à população que tem sofrido com a crise aérea".
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