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07/04/2007 - 08h44

Feirantes de São Paulo mantêm gritaria no 1º dia de proibição

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LÍVIA SAMPAIO
do Agora

Apesar de o decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) que proíbe a divulgação de produtos no grito em feiras livres estar em vigência desde sexta-feira (6), os feirantes ignoraram a medida. As mudanças também incluem novos horários, padronização de barracas e uniformes dos feirantes, além de medidas de higiene como o uso de luvas descartáveis e reservatório de água para higienização dos produtos. Todas não foram cumpridas.

"Chamar o cliente no grito já é um vício nosso, uma tradição. E o uso de luvas? Como vamos conseguir dar nó no saquinho?", afirmou Carlos Augusto, 40 anos, dono de uma banca de frutas. Ontem, em uma das feiras onde ele atua, na Pompéia (zona oeste de SP), o grito imperava para conquistar os fregueses em todas as bancas.

Para desespero dos vizinhos, o início da montagem das barracas, que deveria ocorrer às 6h30, conforme determina a prefeitura, também não foi respeitado. Às 4h, já havia movimentação na rua. "Não dá para começar nesse horário, é um serviço demorado. Se for assim, não vai dar para deixar a banca bonita, vai ter que ser tudo exposto dentro das caixas", afirmou o feirante Daniel Fernandes Cruz, 45 anos.

Em outra das 889 feiras da capital, em Santa Cecília (região central de SP), a montagem também começou de madrugada. "Quanto tem feira, a gente não dorme", afirmou o empresário Luiz Santos, 45 anos. Os próprios feirante admitem que causam problemas.

"Quem é que quer morar em uma rua que tem feira? Eu é que não. A gente reconhece que atrapalha", disse João de Deus, 45 anos, enquanto tirava feijões verdes da casca.

A lei também estabelece que as feiras sejam realizadas em locais com acesso a banheiros públicos e vagas para estacionamento.

O manjado bordão "moça bonita não paga, mas também não leva" foi banido das feiras livres. Atualmente, os feirantes preferem fazer rimas com os produtos que comercializam, mas não deixam de gritar.

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