24/04/2007 - 18h43

Kassab evita falar em "transtornos" no trânsito durante visita do papa

da Folha Online

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL), evitou classificar como "transtornos" os possíveis problemas que o trânsito da cidade deve registrar durante a visita do papa Bento 16 entre os dias 9 e 11 de maio.

Nesta terça-feira a prefeitura divulgou o esquema de trânsito durante a visita. Durante o anúncio, Kassab disse que os bloqueios durante a passagem de Bento 16 pela cidade não devem causar os mesmos problemas sofridos pela população durante a visita do presidente norte-americano, George W. Bush.

"É evidente que é uma visita que atrai o interesse de milhões de brasileiros. Haverá a necessidade de opções de tráfego, em especial no momento em que o papa estiver circulando. Portanto, vai haver alterações nas diretrizes viárias. Mas tudo compensa pela alegria e orgulho que os brasileiros terão por receber o papa em São Paulo", disse o prefeito.

De acordo com Kassab, o tempo de interrupção das vias para a passagem do papamóvel --que não foi divulgado-- será maior que as interdições ocorridas com a visita de Bush. Isto porque, o veículo panorâmico do papa terá velocidade baixa para que as pessoas vejam o pontífice.

"Não diria que será um transtorno porque é uma alegria muito grande receber o papa em São Paulo", afirmou Kassab.

Informação

A CET acredita que o trunfo para evitar o caos durante a visita de Bento 16 à São Paulo seja o acesso da população às informações sobre os trajetos e as interdições.

Há 27 anos, na primeira visita do papa João Paulo 2º ao Brasil, a CET também elaborou um esquema de trânsito para a passagem do pontífice.

O atual presidente da CET, Roberto Scaringella, já atuava na companhia na época. "Já estávamos na CET nesta época e foi uma grande mobilização. Tudo correu bem, com interdições. O importante é que hoje, diferente de 27 anos atrás, nós temos o reforço da internet. Isso ajuda muito porque vamos passar informações em tempo real. Vai ser útil para o cidadão", afirmou Scaringella.

Ele citou a visita de Bush como exemplo. Segundo Scaringella, houve uma sobrecarga no percurso das vias onde o presidente americano trafegou porque o percurso não foi divulgado previamente --por questões de segurança--, mas segundo o presidente da companhia, no restante da cidade, houve melhora na lentidão habitual.

"As pessoas sabiam que seria um trânsito difícil. A cidade tem dois tipos de viagens: as obrigatórias e as não obrigatórias. De casa para o trabalho é obrigatória, mas as de lazer não. Então as pessoas podem se reprogramar. Com a quantidade de informação e as pessoas se programando, causa um efeito significativo", disse o presidente da CET.

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