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08/05/2007 - 08h49

Marcola muda de presídio e deixa regime disciplinar rígido

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da Folha Online

Na semana em que o maior ataque contra as forças de segurança de São Paulo completa um ano, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola --chefe do PCC--, foi transferido do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), onde era submetido ao RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Ele deixou a unidade no começo da manhã desta terça-feira e foi levado para um presídio comum.

O comboio seguiu para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) --que abriga outros integrantes da facção criminosa. Com capacidade para 1.248 presos, a unidade abriga 776 atualmente.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), no entanto, não deu informações sobre a transferência, mas informou que a nova unidade que abriga Marcola é "de segurança máxima, destinada a presos perigosos, onde a vigilância é exercida com o máximo rigor".

O criminoso foi colocado no RDD em meio a primeira onda de violência registrada no ano passado --iniciada na noite de 12 de maio-- e atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele é apontado como o mandante dos ataques contra as forças policiais do Estado.

O RDD amplia o rigor aos criminosos considerados perigosos para o sistema penitenciário. Os presos ficam isolados, não têm visita íntima e os parentes têm visitação restrita. Os presos ainda têm de tomar banho de sol sozinhos e não têm acesso a jornais e televisão. O prazo para a internação no sistema é de 360 dias.

De acordo com o Ministério Público, nem a SAP nem a Secretaria de Segurança Pública solicitaram a prorrogação da permanência de Marcola no RDD. Em nota, a SAP afirmou que não pode solicitar a permanência do preso no regime "por falta de amparo legal".

Apontado pela polícia como chefe da facção, Marcola está preso por roubo a bancos. Ele assumiu a liderança do PCC em 2002 e destituiu líderes da ala radical da facção, que usavam atentados para intimidar as autoridades.

Ato público

Para marcar um ano dos ataques, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) marcou para quinta-feira (10) um ato público chamado de "Tragédia de Maio: um ano depois", para tratar das medidas tomadas e balanços das entidades e autoridades.

De acordo com o Cremesp, a onda de violência no Estado resultou em 493 mortes por armas de fogo em apenas uma semana, em maio do ano passado.

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