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18/05/2007
-
02h30
GIOVANNA BALOGH
do Agora
O último balanço da dengue divulgado pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) mostra que 90 dos 645 municípios do Estado de São Paulo enfrentam uma epidemia da doença. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, é considerado estado de epidemia quando existem mais de 300 casos por 100 mil habitantes. A cidade de São Paulo não está entre as 90 cidades.
Apesar de a situação atingir 14% das cidades, a secretaria afirma que só será decretada epidemia em todo o Estado se for atingido o número de 136 mil casos. Até a última sexta-feira (11), foram notificados 31.571 registros da doença. No mesmo período de 2006, segundo o CVE, havia 43.279 registros.
Apesar de Osasco (Grande SP) não estar entre as 90 cidades com situação epidêmica, a secretaria enviou ao município na última semana o esquadrão antidengue. Formado por 60 agentes, nas últimas semanas o grupo ajudou as prefeituras de outras quatro cidades a combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Porém, as três cidades que estão com o maior número de casos por habitantes --Ilha Solteira (658 km de SP), Itapura (692 km de SP) e Sales (458 km de SP)-- ainda não contaram com o apoio dessa "tropa de elite". Ricardo Ciaravolo, da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), diz que as cidades que são auxiliadas pelos agentes são aquelas que têm dificuldade para interromper a transmissão.
Ele disse que, quando o número de casos é alto em uma cidade, a recomendação é que os médicos não utilizem mais exames laboratoriais para comprovar a dengue. "Quando a incidência da doença atinge esses níveis, a recomendação é fazer o diagnóstico clínico rapidamente porque a probabilidade de ser dengue é grande."
Em Itanhaém (98 km de SP), que teve a primeira transmissão de dengue hemorrágica fatal do ano, os casos são tão comuns que é raro um infectado não ter um parente ou amigo que teve ou tem a doença.
A funcionária pública Ana Cristina Batista, 41, é um exemplo. Além do filho, sobrinhos e colegas de trabalho tiveram dengue nos últimos meses. Ela afirma que foi picada há 20 dias e a recuperação exigiu muita hidratação. "Foram quatro dias de soro."
O secretário de Saúde de Itanhaém, Marcelo di Giuseppe, disse que é a primeira vez que a cidade enfrenta uma epidemia. Segundo ele, um dos principais motivos para o aumento dos casos é que 52% dos moradores não permitem que os agentes entrem no imóvel para procurar os focos do mosquito.
Capital paulista
Apesar de estar fora da lista dos municípios com epidemia da doença, a capital paulista, até a semana passada, superou em quase 50% o número de casos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 694 casos até o último dia 9, contra 466 em 2006.
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Epidemia de dengue atinge 90 cidades de SP
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do Agora
O último balanço da dengue divulgado pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) mostra que 90 dos 645 municípios do Estado de São Paulo enfrentam uma epidemia da doença. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, é considerado estado de epidemia quando existem mais de 300 casos por 100 mil habitantes. A cidade de São Paulo não está entre as 90 cidades.
Apesar de a situação atingir 14% das cidades, a secretaria afirma que só será decretada epidemia em todo o Estado se for atingido o número de 136 mil casos. Até a última sexta-feira (11), foram notificados 31.571 registros da doença. No mesmo período de 2006, segundo o CVE, havia 43.279 registros.
Apesar de Osasco (Grande SP) não estar entre as 90 cidades com situação epidêmica, a secretaria enviou ao município na última semana o esquadrão antidengue. Formado por 60 agentes, nas últimas semanas o grupo ajudou as prefeituras de outras quatro cidades a combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Porém, as três cidades que estão com o maior número de casos por habitantes --Ilha Solteira (658 km de SP), Itapura (692 km de SP) e Sales (458 km de SP)-- ainda não contaram com o apoio dessa "tropa de elite". Ricardo Ciaravolo, da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), diz que as cidades que são auxiliadas pelos agentes são aquelas que têm dificuldade para interromper a transmissão.
Ele disse que, quando o número de casos é alto em uma cidade, a recomendação é que os médicos não utilizem mais exames laboratoriais para comprovar a dengue. "Quando a incidência da doença atinge esses níveis, a recomendação é fazer o diagnóstico clínico rapidamente porque a probabilidade de ser dengue é grande."
Em Itanhaém (98 km de SP), que teve a primeira transmissão de dengue hemorrágica fatal do ano, os casos são tão comuns que é raro um infectado não ter um parente ou amigo que teve ou tem a doença.
A funcionária pública Ana Cristina Batista, 41, é um exemplo. Além do filho, sobrinhos e colegas de trabalho tiveram dengue nos últimos meses. Ela afirma que foi picada há 20 dias e a recuperação exigiu muita hidratação. "Foram quatro dias de soro."
O secretário de Saúde de Itanhaém, Marcelo di Giuseppe, disse que é a primeira vez que a cidade enfrenta uma epidemia. Segundo ele, um dos principais motivos para o aumento dos casos é que 52% dos moradores não permitem que os agentes entrem no imóvel para procurar os focos do mosquito.
Capital paulista
Apesar de estar fora da lista dos municípios com epidemia da doença, a capital paulista, até a semana passada, superou em quase 50% o número de casos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 694 casos até o último dia 9, contra 466 em 2006.
CIDADES COM EPIDEMIA DE DENGUE | ||
Cidades | Números de casos | Taxa de infectados* |
Ilha Solteira | 844 | 0,0329 |
Itapura | 103 | 0,0264 |
Sales | 124 | 0,024 |
Mirassol | 1063 | 0,0193 |
Suzanápolis | 53 | 0,0183 |
Três Fronteiras | 94 | 0,0181 |
Ubatuba | 1453 | 0,0179 |
Guaraçaí | 155 | 0,0166 |
José Bonifácio | 537 | 0,0165 |
Lins | 1119 | 0,0157 |
Viradouro | 272 | 0,015 |
Bebedouro | 1144 | 0,0143 |
Andradina | 783 | 0,0137 |
Turiúba | 23 | 0,0131 |
Rio das Pedras | 343 | 0,0128 |
Brejo Alegre | 32 | 0,0125 |
Bilac | 77 | 0,0118 |
Coroados | 53 | 0,0113 |
Marinópolis | 24 | 0,0106 |
Santópolis do Aguapeí | 36 | 0,0095 |
Bastos | 197 | 0,0091 |
Nova Aliança | 47 | 0,0091 |
Rubiácea | 19 | 0,009 |
Junqueirópolis | 142 | 0,0086 |
Nova Independência | 17 | 0,008 |
Piacatu | 36 | 0,0077 |
Poloni | 38 | 0,0077 |
Birigüi | 829 | 0,0076 |
Populina | 32 | 0,0075 |
Nova Canaã Paulista | 17 | 0,0074 |
Buritama | 108 | 0,0074 |
Pereira Barreto | 171 | 0,0069 |
Jaci | 33 | 0,0069 |
Auriflama | 95 | 0,0068 |
Braúna | 30 | 0,0067 |
Itanhaém | 585 | 0,0064 |
Murutinga do Sul | 26 | 0,0063 |
Castilho | 96 | 0,0063 |
Aparecida d'Oeste | 30 | 0,0062 |
Lavínia | 30 | 0,0061 |
São José do Rio Preto | 2522 | 0,0061 |
Rinópolis | 57 | 0,006 |
Bento de Abreu | 14 | 0,0059 |
Engenheiro Coelho | 74 | 0,0059 |
Promissão | 188 | 0,0056 |
Ibirá | 56 | 0,0056 |
Sumaré | 1325 | 0,0056 |
Mirandópolis | 146 | 0,0054 |
São João do Pau d'Alho | 9 | 0,0053 |
Valparaíso | 104 | 0,0052 |
Barbosa | 31 | 0,005 |
Estrela d'Oeste | 40 | 0,0049 |
Ouroeste | 36 | 0,0049 |
Iacri | 32 | 0,0049 |
Clementina | 28 | 0,0048 |
Glicério | 22 | 0,0048 |
Guararapes | 146 | 0,0048 |
Pongaí | 18 | 0,0048 |
Santa Fé do Sul | 137 | 0,0047 |
Flórida Paulista | 47 | 0,0047 |
Santo Antônio do Aracanguá | 32 | 0,0047 |
Charqueada | 68 | 0,0046 |
Palmeira d'Oeste | 45 | 0,0046 |
Miguelópolis | 92 | 0,0046 |
Lourdes | 10 | 0,0044 |
Santa Rita d'Oeste | 9 | 0,0043 |
Queiroz | 10 | 0,0043 |
Araçatuba | 764 | 0,0042 |
Getulina | 44 | 0,0042 |
Marília | 901 | 0,004 |
Presidente Epitácio | 168 | 0,0039 |
Hortolândia | 788 | 0,0039 |
Olímpia | 188 | 0,0039 |
Santana da Ponte Pensa | 6 | 0,0039 |
Taiúva | 22 | 0,0038 |
Penápolis | 219 | 0,0037 |
Tupi Paulista | 46 | 0,0036 |
Avanhandava | 34 | 0,0036 |
Tupã | 236 | 0,0036 |
Adamantina | 119 | 0,0034 |
Bady Bassitt | 53 | 0,0033 |
Sud Mennucci | 25 | 0,0033 |
Jardinópolis | 115 | 0,0032 |
Aparecida | 116 | 0,0032 |
Monte Aprazível | 61 | 0,0032 |
Fernandópolis | 210 | 0,0032 |
Nova Luzitânia | 9 | 0,0032 |
Herculândia | 27 | 0,0031 |
Gabriel Monteiro | 9 | 0,0031 |
Guaiçara | 34 | 0,003 |
*por 100 mil habitantes |
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