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14/08/2007 - 08h59

CPI na Câmara toma depoimentos de dois representantes da TAM

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da Folha Online

A CPI do Apagão Aéreo na Câmara toma nesta terça-feira os depoimentos do diretor de segurança da TAM, Marco Aurélio Castro, e do comandante responsável pelo equipamento A320 da empresa, Alex Frischmann.

A comissão quer detalhes sobre a manutenção realizada pela TAM nas aeronaves, uma vez que suspeita que falhas mecânicas tenham contribuído para o acidente em Congonhas (SP).

Nesta quarta-feira, a CPI vai ouvir mais uma vez o chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), brigadeiro Jorge Kersul Filho. A comissão quer confrontar com o brigadeiro versão apresentada na semana passada pelo vice-presidente de segurança de vôo da Airbus, Yannick Malinge.

O francês disse que, com base nas investigações do Cenipa, a empresa afirma que falhas mecânicas não provocaram a tragédia em Congonhas.

Segundo o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), o vice-presidente da Airbus disse à comissão que os dados da caixa-preta divulgados pelo Cenipa comprovariam que não houve problemas no avião capazes de provocar o acidente.

"Ele [Malinge] disse que não houve falha mecânica com base em dados tirados das caixas-pretas do Airbus, com a concordância do Cenipa. Isso nos deixou perplexos e indignados, porque o chefe do Cenipa nos disse que não tinha como divulgar informações sobre o acidente antes da conclusão das investigações", disse o relator.

No depoimento à CPI, Malinge negou que tenha ocorrido pane no computador de bordo do Airbus-A320 da TAM. Segundo ele, as informações e os dados das caixas-pretas indicam que não houve falhas nem problemas na frenagem da aeronave.

Trabalhos

A CPI do Apagão na Câmara deve prorrogar os trabalhos da comissão até o final de setembro para concluir as investigações sobre o acidente com o Airbus-A320 da TAM. Maia disse que a comissão vai precisar de pelo menos 15 dias para discutir o relatório final sobre o acidente --o que impede que seus trabalhos terminem em agosto, como previsto inicialmente.

"A CPI tem que ter começo, meio e fim. Preferimos concluir as investigações por etapas, por isso vamos precisar de mais tempo", afirmou.

Segundo o relator, a comissão deve aprovar esta semana requerimento de convocação da diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Denise Abreu, para apurar denúncia de que teria atuado para beneficiar empresários amigos com a transferência do departamento de cargas dos aeroportos de Congonhas (SP) e Viracopos (Campinas) para o de Ribeirão Preto.

Maia negou as acusações de parlamentares da oposição de que os governistas estariam blindando a Anac nas investigações na CPI na Câmara.

"A oposição quer a convocação de todos os diretores da Anac, o que achamos desnecessário porque já ouvimos o presidente da agência [Milton Zuanazzi]. A Denise precisa ser convocada em função das denúncias", afirmou.

A diretora da Anac será ouvida na quinta-feira pela CPI do Apagão Aéreo no Senado para também explicar as denúncias de suposto favorecimento a amigos.

Maia disse que defende convocações "importantes" às investigações, e não baseadas em disputas políticas. "Não permitiremos mais convocações sem contribuições a dar."

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