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01/09/2007 - 10h36

Advogados ofereceram dinheiro, diz vítima

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da Folha de S.Paulo, no Rio

De olho num possível resultado favorável, advogados abordavam feridos e familiares de mortos no choque entre trens em Nova Iguaçu para oferecer seus serviços em eventual processo contra a Supervia, concessionária do transporte ferroviário no Rio. O assédio ocorria na delegacia, nos hospitais e até no IML.

Segundo relato das vítimas, houve até disputa financeira por clientes. "Um deles chegou a me oferecer R$ 100 para fechar com ele", contou o auxiliar de cozinha Edson Andrade, 33. Ele se feriu levemente.

Um homem abordava feridos na 58ª DP (Posse) apresentando-se como advogado. Dizia que, para qualquer ferimento, mesmo que leve, era "certa uma indenização de R$ 5.000". "Vocês têm direito", dizia.

Abordado pela Folha, ele não quis se identificar e se recusou a dar o nome. Foi embora levando uma vítima para fazer exame no IML.

Segundo o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, Paulo Saboya, o código de ética da categoria impede o advogado de oferecer serviços. O profissional pode ser advertido ou suspenso. Três suspensões provocam expulsão do quadro da OAB.

De acordo com Saboya, há casos em que advogados terceirizam a busca por clientes.

Sem estimar valores, o presidente da Supervia, Amin Alves Murad, disse que todas as vítimas receberão indenização. Disse que a concessionária vai custear as despesas com funeral. Segundo ele, alguns familiares não aceitaram a ajuda.

Afirmou que a companhia designou um médico para acompanhar cada um dos que estão internados e, se necessário, encaminhá-los a unidades de saúde particulares. Até o fim da tarde de ontem, três feridos haviam sido levados para um hospital particular.

Além do maquinista Norival Ribeiro do Nascimento, outros dez dos 101 feridos continuavam internados ontem à noite, um deles em estado grave.

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