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Juiz determina leilão de bens de traficante colombiano
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MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo
O juiz federal Fausto Martin de Sanctis determinou o leilão de cinco imóveis que foram comprados pelo megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía. Os bens foram avaliados informalmente em cerca de R$ 6 milhões. Abadía confessou ter lavado US$ 9 milhões no Brasil (aproximadamente R$ 16,8 milhões).
A Justiça também aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o traficante, na qual ele é acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, uso de documento falso e corrupção ativa.
Com essa decisão, Abadía passa a ser réu no Brasil. Se o colombiano for condenado por todos os crimes, ele pode pegar de 8 anos a 31 anos de prisão.
Abadía é considerado pelo DEA (Drugs Enforcement Administration, a agência antidrogas dos Estados Unidos) como um dos maiores traficantes do mundo. Seus bens fora do Brasil são avaliados pelos Estados Unidos em US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 3,4 bilhões). Ele é acusado de ter ordenado a morte de 300 pessoas na Colômbia e 15 nos Estados Unidos.
O juiz solicitou reforço da Polícia Federal para os dias de interrogatório do traficante -mantidos em sigilo por questões de segurança.
Outras 15 pessoas acusadas de integrar a quadrilha de Abadía também são rés no processo, de acordo com a decisão de Martin de Sanctis.
Entre eles estão a mulher de Abadía, a colombiana Yessica Paola Rojas Morales, apontada pela procuradora Thaméa Danelon Valiengo como a responsável pela contabilidade da suposta quadrilha e pelos pagamentos.
Também são réus no processo o piloto de aviões André Luiz Telles Barcelos e o empresário Daniel Brás Maróstica. Barcellos, que transportou Abadía em 2004 do Ceará para Minas, quando ele chegou ao Brasil após fugir da Colômbia, é acusado de comprar bens e de ajudar o traficante a obter documentos falsos.
Maróstica e sua mulher, Ana Maria Stein, compraram as casas de Abadía em Aldeia da Serra e em Angra dos Reis.
Serão leiloados, em data ainda não definida, os seguintes imóveis: três casas (uma em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, outra em Angra dos Reis e uma terceira em Florianópolis), um sítio em Pouso Alegre (MG) e uma fazenda no Rio Grande do Sul.
Outro lado
O advogado Sergio Alambert, que defende Juan Carlos Ramírez Abadía, diz que todas as acusações feitas ao traficante reproduzem as confissões que ele fez à Polícia Federal após ser preso e serão mantidas diante do juiz.
Abadía, segundo Alambert, quer colaborar com a Justiça brasileira para ser extraditado o mais rapidamente possível aos Estados Unidos. Abadía quer ir logo para os EUA para tentar se livrar o mais cedo possível das acusações que pesam contra ele.
Alambert contesta as acusações imputadas à mulher do traficante, Yessica Paola Rojas Morales, de que seria a contadora da quadrilha e responsável pelos pagamentos.
"Isso não tem o menor procedimento. Ela era mulher dele e nunca se envolveu em nada de irregular", afirma Alambert.
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Onde entra Detona, acaba com a palhaçada, ai aparece os bandidos de sempre e sempre tem gente com e sem farda do outro lado, tem politico pequeno e grande, não é só bandidinho não.
É uma pena que nossa PF tenha pouco mais de 10mil homens, no tempo do FHC, tinha 2mil, O CORRETO SERIA 150MIL, e atacar tudo de uma só vez,
Ai o povo iria sair as ruas e aplaudir LULA por anos, pois acabava a sem vergonhice, onde pequenos furtos da cadeia e grandes incentivam.
E leis, precisamos de leis mas enquanto o estimado srs.Arthur Virgilho, e Agripino Maya ficarem:-"Pela ordem sr.presidente, pela ordem OBSTRUÇÃO, OBSTRUÇÃO O PSDB É PELA OBSTRUÇÃO".
Não teremos lei alguma para manter preso quem a PF PRENDE A NÃO SER EM FLAGRANTE DELITO.
Mas nas proximas majoritarias estes cavalheiros, vão para onde ninguem quer ir.
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