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20/09/2007 - 08h58

Juiz determina leilão de bens de traficante colombiano

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MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo

O juiz federal Fausto Martin de Sanctis determinou o leilão de cinco imóveis que foram comprados pelo megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía. Os bens foram avaliados informalmente em cerca de R$ 6 milhões. Abadía confessou ter lavado US$ 9 milhões no Brasil (aproximadamente R$ 16,8 milhões).

A Justiça também aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o traficante, na qual ele é acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, uso de documento falso e corrupção ativa.

Com essa decisão, Abadía passa a ser réu no Brasil. Se o colombiano for condenado por todos os crimes, ele pode pegar de 8 anos a 31 anos de prisão.

Abadía é considerado pelo DEA (Drugs Enforcement Administration, a agência antidrogas dos Estados Unidos) como um dos maiores traficantes do mundo. Seus bens fora do Brasil são avaliados pelos Estados Unidos em US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 3,4 bilhões). Ele é acusado de ter ordenado a morte de 300 pessoas na Colômbia e 15 nos Estados Unidos.

O juiz solicitou reforço da Polícia Federal para os dias de interrogatório do traficante -mantidos em sigilo por questões de segurança.

Outras 15 pessoas acusadas de integrar a quadrilha de Abadía também são rés no processo, de acordo com a decisão de Martin de Sanctis.

Entre eles estão a mulher de Abadía, a colombiana Yessica Paola Rojas Morales, apontada pela procuradora Thaméa Danelon Valiengo como a responsável pela contabilidade da suposta quadrilha e pelos pagamentos.

Também são réus no processo o piloto de aviões André Luiz Telles Barcelos e o empresário Daniel Brás Maróstica. Barcellos, que transportou Abadía em 2004 do Ceará para Minas, quando ele chegou ao Brasil após fugir da Colômbia, é acusado de comprar bens e de ajudar o traficante a obter documentos falsos.
Maróstica e sua mulher, Ana Maria Stein, compraram as casas de Abadía em Aldeia da Serra e em Angra dos Reis.

Serão leiloados, em data ainda não definida, os seguintes imóveis: três casas (uma em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, outra em Angra dos Reis e uma terceira em Florianópolis), um sítio em Pouso Alegre (MG) e uma fazenda no Rio Grande do Sul.

Outro lado

O advogado Sergio Alambert, que defende Juan Carlos Ramírez Abadía, diz que todas as acusações feitas ao traficante reproduzem as confissões que ele fez à Polícia Federal após ser preso e serão mantidas diante do juiz.

Abadía, segundo Alambert, quer colaborar com a Justiça brasileira para ser extraditado o mais rapidamente possível aos Estados Unidos. Abadía quer ir logo para os EUA para tentar se livrar o mais cedo possível das acusações que pesam contra ele.

Alambert contesta as acusações imputadas à mulher do traficante, Yessica Paola Rojas Morales, de que seria a contadora da quadrilha e responsável pelos pagamentos.

"Isso não tem o menor procedimento. Ela era mulher dele e nunca se envolveu em nada de irregular", afirma Alambert.

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Comentários dos leitores
As notícias do Brasil estão sendo de apavorar. O crime cresce incessantemente e, com certeza, 2008 vai superar 2007 em número. A corrupção está sendo escancarada e os assassínios crescem numa quantidade que seria inimaginável a cinco anos atrás. Se não for feito nada haverá logo uma convulsão social de tal tamanho que deixará para trás qualquer país africano. Algo precisa ser feito e, o pior, que as autoridades parecem não perceber (ou percebem e se sentem impotentes diante do fato), é que não se pode mais ficar apenas em medidas policiais e judiciais. Tem de ser atacada a estrutura da sociedade, em todos os campos em que a população mais pobre é prejudicada. É um trabalho imenso que desafia a capacidade dos governos. Vamos acabar com a política rasteira de só defender interesses próprios e atacar a doença dsa sociedade antes que ela se torne terminal. 4 opiniões
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Luiz de Carvalho Ramos (37) 22/06/2008 19h04
Luiz de Carvalho Ramos (37) 22/06/2008 19h04
SALVADOR / BA
Tudo isso que está acontecendo em termos de "guerrilha urbana", é fruto da impunidade e do mal exemplo. Além do mais, ninguém quer distribuir renda. Então, como a fome e a indignidade nõ esperam, eles vão atrás. Ou a coisa muda ou será sempre assim; e a tendência é piorar, inclusive com o incremento de seqüestros. 7 opiniões
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Carlos Lobitsky (1659) 20/06/2008 22h35
Carlos Lobitsky (1659) 20/06/2008 22h35
O unico jeito de acabar com quadrilhas, trafico de drogas, roubos, crimes é um só POLICIA FEDERAL DO GOVERNO LULA.
Onde entra Detona, acaba com a palhaçada, ai aparece os bandidos de sempre e sempre tem gente com e sem farda do outro lado, tem politico pequeno e grande, não é só bandidinho não.
É uma pena que nossa PF tenha pouco mais de 10mil homens, no tempo do FHC, tinha 2mil, O CORRETO SERIA 150MIL, e atacar tudo de uma só vez,
Ai o povo iria sair as ruas e aplaudir LULA por anos, pois acabava a sem vergonhice, onde pequenos furtos da cadeia e grandes incentivam.
E leis, precisamos de leis mas enquanto o estimado srs.Arthur Virgilho, e Agripino Maya ficarem:-"Pela ordem sr.presidente, pela ordem OBSTRUÇÃO, OBSTRUÇÃO O PSDB É PELA OBSTRUÇÃO".
Não teremos lei alguma para manter preso quem a PF PRENDE A NÃO SER EM FLAGRANTE DELITO.
Mas nas proximas majoritarias estes cavalheiros, vão para onde ninguem quer ir.
275 opiniões
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