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19/10/2007 - 17h44

Ministério Público denuncia e afasta promotor que atropelou família em SP

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RENATO SANTIAGO
da Folha Online

O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia (acusação formal) nesta sexta-feira por homicídio culposo (sem intenção) contra o promotor Wagner Grossi, 42, que atropelou e matou três pessoas da mesma família, no último dia 5, em uma rodovia de Araçatuba (530 km a noroeste de São Paulo).

Grossi foi afastado, cautelarmente, por 60 dias --prazo que pode ser prorrogado mais uma vez, pelo mesmo período.

A própria investigação conduzida pelo Ministério Público mostra que o promotor trafegou na contramão, ignorou duas lombadas, estava acima da velocidade máxima permitida --que é de 40 km/h-- e embriagado. Segundo um médico que realizou a perícia após o acidente, Grossi tinha "hálito etílico", olhos vermelhos e coordenação alterada.

Para o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, as infrações cometidas pelo promotor, no entanto, não representam dolo. "No meu entendimento, [o crime] é culposo, e não doloso", afirmou.

O Ministério Público também pediu a apreensão da carteira de habilitação de Grossi. "A mera possibilidade de ser o doutor Grossi visto pelas ruas de Araçatuba ao volante de um veículo automotor gera prejuízo à ordem pública, ante a sensação de impunidade que isso deriva", diz documento de apuração de delito de trânsito apresentado pelo procurador de Justiça Hermann Herschander, designado para acompanhar o caso.

A denúncia será avaliada pelo Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Acidente

O acidente aconteceu na rodovia Elyeser Montenegro Magalhães. O carro do promotor, na contramão, bateu em uma moto onde estavam Alessandro Silva Santos, 27, sua mulher, Alessandra Alves, 26, e o filho dela, Adriel, 7. Os três morreram na hora.

A Secretaria da Segurança informou que o promotor não autorizou a retirada de sangue para o exame de dosagem alcoólica. No entanto, foi constatada "embriaguez moderada" em exame clínico.

Após o acidente, o advogado do promotor negou que ele estivesse "visivelmente embriagado", como constatou um policial que atendeu a ocorrência. "Ele não bebeu. Estava transtornado por ter acabado de sair do acidente. Ele tinha batido a cabeça também, o que gerou posteriormente atendimento médico."

Após o acidente, o promotor pediu licença médica por 15 dias.

Com Agência Folha

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