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20/02/2008 - 18h43

PT quer explicações de secretário sobre fraude em licitações do Metrô de SP

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da Folha Online

A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo decidiu em reunião realizada quarta-feira convocar o secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, para explicar o suposto desvio de R$ 1,8 milhão em três licitações realizadas pela empresa. Caso Portella não compareça ou os esclarecimentos não sejam suficientes, o PT deverá propor uma CPI para investigar o caso.

O líder da bancada petista, deputado Simão Pedro, disse que designou os colegas de bancada José Zico Prado e Antonio Mentor para elaborar o requerimento de convocação do secretário. A idéia é que Portella dê as explicações durante reunião da Comissão Permanente de Transportes da Assembléia.

"Vamos tentar aprovar o requerimento para que ele [Portella] possa vir já na próxima semana para esclarecer essas denúncias", afirmou Simão Pedro, que não descartou a possibilidade de a bancada propor uma CPI. "A não vinda dele ou a falta de esclarecimentos pode levar a gente a tomar outras medidas, como convocar uma CPI. A CPI ainda está na nossa mira", completou.

Segundo reportagem do "Fantástico", da Rede Globo, funcionários do Metrô são suspeitos de terem recebido propina para declarar uma empresa de fornecimento de equipamentos contra incêndios, a Ezalpha, como vencedora nas licitações.

Na reportagem, um ex-funcionário do Metrô que teria participado das negociações afirma que preços de equipamentos de combate a incêndio foram superfaturados e a licitação, fraudada. Em 2007, a Ezalpha venceu três licitações do Metrô. Segundo a reportagem, em todas, os preços estavam acima do valor de mercado.

O líder petista disse ainda que, além de questionar Portella sobre a suposta fraude nas licitações, também vai pedir explicações sobre "falhas gritantes" no sistema de manutenção do Metrô. "Queremos saber se houve, por exemplo, negligência da administração anterior", afirmou.

Desde o fim do ano passado o metrô tem sofrido diversas panes. No dia 14 de dezembro do ano passado, duas linhas com restrição de velocidade devido a um problema de conexão entre cabos localizados entre as estações Luz e Tiradentes da linha 1-Azul, que liga as estações Jabaquara e Tucuruvi.

No dia 15 de janeiro, uma composição que trafegava pela linha 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera/Palmeiras-Barra Funda) apresentou problema e teve de ser retirada de circulação. Três dias depois, uma falha no sistema de tração causou a parada de uma composição entre as estações Paraíso e Ana Rosa, na linha 1-Azul, causando aumento de intervalo entre os trens e o acúmulo de passageiros na plataforma.

No último dia 7, um problema obrigou os passageiros a descerem de um dos trens da linha 2-Verde (Alto do Ipiranga-Vila Madalena). De acordo com o Metrô, o trem apresentou um problema de baixa pressão, que deixa o veículo com velocidade muito baixa.

Após esses episódios, o Metrô divulgou que irá adotar 21 medidas para elevar a segurança no sistema. Melhoria de comunicação nas estações, contratação de 200 trabalhadores temporários e compra de equipamento para manutenção das vias --o último equipamento deste tipo foi comprado pelo Metrô em 1975-- estão entre as ações propostas.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Transportes Metropolitanos disse que não cabe ao secretário comentar decisões de bancada.

 

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