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30/03/2008 - 18h13

Gabinete para conter dengue completa uma semana; situação é difícil nos hospitais

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da Agência Brasil

Uma semana depois de instalado o gabinete de crise, formado por representantes dos governos federal, estadual e municipais para conter o avanço da dengue no Rio de Janeiro, a situação nos hospitais continua a mesma, com dezenas de pessoas aguardando até oito horas na fila para o atendimento. As crianças continuam sendo as maiores vítimas. Das 61 mortes confirmadas até hoje (31), 34 são de crianças.

No Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, apontado pela própria prefeitura como referência para o tratamento da doença na região da Barra e Jacarepaguá, o domingo foi de desespero para muitas mães que buscavam atendimento para os filhos, muitos ainda de colo. Elas ouviam dos vigilantes e dos funcionários administrativos a informação de que não havia pediatras na unidade.

Uma médica, que não quis se identificar, confirmou a informação, acrescentando que "no início da manhã houve até confusão". No colo da mãe, a pequena Juliana Soares, de um ano e dois meses, com o nariz escorrendo, chorava. A mãe, Eliane, de 19 anos, moradora na Cidade de Deus, diz que a menina tem febre alta e vômito. "Depois de esperar quase toda a manhã, eles disseram que não tem médico e que eu tinha que procurar outro hospital. Agora vou em casa pegar mais dinheiro com minha mãe e ir para outro hospital. Nem sei pra onde vou."

A professora Patrícia Marques saiu de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com a filha de 14 anos, em busca de atendimento médico e foi parar no Lourenço Jorge. Nas mãos, o resultado do exame de sangue feito em laboratório particular mostra que as plaquetas caíram de 72 mil para 56 mil em 24 horas. "Em Caxias, nem as clínicas particulares estão dando conta. Minha filha precisa ser internada. Viajei mais de uma hora de ônibus em busca de atendimento aqui na Barra, mas disseram que não tem pediatra."

Nos hospitais da rede municipal do Rio, os profissionais não podem dar entrevistas à imprensa. A assessoria da Secretaria de Saúde informou, por telefone, que havia três pediatras no plantão no Lourenço Jorge, mas que a demanda estava muito grande e, por isso, os médicos não estavam dando conta do serviço.

No hospital estadual Albert Schweitzer, em Padre Miguel, na zona oeste da cidade, também eram grandes as filas de espera. O chefe da equipe de plantão na unidade, Dílson Pereira, reconheceu a demora. Ele disse que a demanda de pessoas com sintomas de dengue aumentou bastante, mas que na última semana as condições para o atendimento melhoraram. Segundo ele, se a unidade estiver com capacidade lotada para a hidratação, os pacientes são levados em uma van para a tenda de hidratação montada ao lado da Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) de Campo Grande.

"Não tenho dados estatísticos em mãos, mas o que a gente vê é que a epidemia ainda não começou a cair. A demanda está ainda grande. Só que agora está ficando mais fácil de trabalhar, porque estamos tendo mais condições de internação", destacou o médico.

Comentários dos leitores
Claudio Rocha (432) 01/02/2010 13h36
Claudio Rocha (432) 01/02/2010 13h36
O Que esta derrubando o governo no PSDB nas pesquisas? É que vendo o estado que se encontra São Paulo volta a lembrança do povo brasileiro o como se encontrava o Brasil ao final da gestão deste grupo politico . Vendo a situação de impotencia e abandono no qual se encontra familias nos bairros inundados a mais de 40 dias volta a lembrança a frieza deste grupo politico diante do sofrimento dos mais pobres. Parece que o psdb não gosta mesmo de gente pobre, não se vê um vereador, um deputado, o governador e o prefeito quando fala ainda por cima culpa o proprio povo, Deus, efeito estufa e o povo continua debaixo dagua e o problema daquela gente não se resolve.É isso que esta derrubando o partido nas pesquisas, ou alguem duvida disso? Governante pra dar somente pesames, não precisa sem opinião
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Claudio Rocha (432) 29/01/2010 20h15
Claudio Rocha (432) 29/01/2010 20h15
Na idade média ja se construia Barragem pelo conhecimento que os rios se não contidos em certas epocas do ano inundam as cidades. Essa de culpar escesso de chuvas, efeito estufa ou a população é algo que nos paulistas merecemos ouvir. Com aceitação deste fatalismo, nos finais de ano, a partir de agora, saimos da cidade e deixamos a agua tomar conta, pois o efeito estufa é algo que veio pra ficar. SP uma cidade que esta feia e uma cidade triste. sem opinião
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carla kroll (1) 08/01/2010 18h02
carla kroll (1) 08/01/2010 18h02
Há muito tempo venho afirmando que a dengue somente seria bem controlada se os proprietários de imóveis com focos do mosquito fossem multados. Infelizmente os brasileiros são assim, só mudam comportamentos quando mexem no bolso ( lembram-se do cinto de segurança? Só passou a ser usado efetivamente quando houve multa).
Essa epidemia já está aí há mais de 25 anos, está mais do que na hora de responsabilizar quem não faz a sua parte!
3 opiniões
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