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20/08/2008 - 22h19

Advogado diz que caminhão que transportava bóias-frias em MG era regular

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MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha

O advogado da fazenda onde trabalhavam 13 dos 14 trabalhadores rurais mortos em acidente na terça-feira (19) na rodovia Fernão Dias afirmou nesta quarta-feira que o caminhão que levava os bóias-frias estava regularizado e tinha capacidade para transportar 40 pessoas.

O acidente foi o mais grave do ano na estrada, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O motorista do caminhão e 13 trabalhadores morreram após o veículo perder o freio e tombar em trecho da estrada em Santo Antonio do Amparo (186 km de Belo Horizonte). Havia 32 pessoas no caminhão.

Um adolescente de 14 anos, cujo nome não foi divulgado, se feriu no acidente. O advogado Rômulo Reis disse que ele não tinha vínculo com a fazenda e afirmou desconhecer por que ele estava com o grupo.

Segundo o advogado, o motorista prestava serviços para a fazenda Vargem Grande e os bóias-frias eram registrados como trabalhadores temporários para a safra de café.

"O motorista tinha permissão do DER [Departamento de Estradas de Rodagem] para trafegar com pessoas. Era um veículo adaptado e tinha autorização especial, com validade até 6 de novembro. Quando contratamos esse serviço, exigimos que o motorista contratasse um seguro de acidentes pessoais. E a fazenda tem também seguro contra acidentes", disse.

O advogado não quis divulgar o nome do fazendeiro. Afirmou ainda que os gastos com funeral e compra de medicamentos estão sendo pagos por seu cliente.

De acordo com a Polícia Civil, que abriu hoje inquérito para apurar as causas do acidente, a maioria das vítimas teve esmagamento craniano e ficou presa na carroceria devido a uma proteção de tela.

Ao todo, 18 pessoas se feriram. Seis foram levadas ao hospital João 23, em Belo Horizonte --quatro em estado grave. No hospital São Sebastião, de Santo Antonio do Amparo, nove pessoas continuavam internadas em estado estável e três tiveram alta ontem.

O laudo sobre o acidente deve ficar pronto em 30 dias. O caminhão Dodge foi apreendido e será periciado.

Os corpos das vítimas foram enterrados ontem, após velório coletivo em um ginásio de Santo Amaro do Amparo.

 

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