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Chuvas matam 11 no Rio Grande do Sul e 4 cidades decretam situação de emergência
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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre
Mais cinco corpos foram encontrados nesta sexta-feira no Rio Grande do Sul, elevando para 11 o número de mortos pelas chuvas e inundações que castigam o sul do Estado desde a noite de quarta.
De acordo com a Defesa Civil, cinco pessoas ainda estão desaparecidas, mais de 3.300 tiveram que abandonar suas casas e pelo menos 50 mil foram diretamente afetadas.
Janine Tomberg/Secom Pelotas |
Chuvas alagam ruas de Pelotas e cidade decreta situação de emergência; 11 pessoas morreram no Estado, a maioria afogada |
Quatro pessoas que morreram afogadas foram encontradas pelas equipes de buscas no arroio Fragata, entre os municípios de Capão do Leão e Pelotas. Entre elas estava o maquinista Adão Luiz Martinez, que desapareceu depois que o trem que ele conduzia descarrilou na madrugada de quinta durante a enchente. O outro corpo foi encontrado na zona rural de Pelotas.
Quatro cidades decretaram situação de emergência por causa dos estragos. O município mais castigado foi Capão do Leão (265 km de Porto Alegre), que registrou oito mortes. A cidade continua isolada desde que a ponte sobre o arroio Fragata, na BR-116, foi levada pela enxurrada na madrugada de quinta. A energia elétrica só foi restabelecida hoje à tarde, mas os 23 mil habitantes continuam sem água encanada.
Também decretaram situação de emergência Pelotas, Turuçu e Morro Redondo. Os decretos deverão ser homologados pela Defesa Civil gaúcha na próxima semana. Situada em um nível mais baixo que os outros municípios vizinhos, Pelotas (339 mil habitantes) sofreu com alagamentos mesmo depois de a chuva ter diminuído.
Paula Fiori/Casa Civil / Palácio Piratini |
Equipes da Defesa Civil do Rio Grande do Sul sobrevoam áreas atingidas pelas chuvas; 11 morreram e 5 estão desaparecidos |
A água acumulada nas regiões mais altas escoou provocando inundações em Pelotas e deixando um rastro de prejuízos. Duas estações de tratamento de água foram destruídas, 44 pontes da zona rural sofreram avarias e mais de 1.200 km de estradas vicinais foram danificados. Cerca de 500 pessoas foram levadas para abrigos montados pela prefeitura em escolas.
"O prejuízo é muito grande, muitas famílias perderam tudo", diz o prefeito Adolfo Fetter Júnior (PP), enquanto vistoriava os estragos. Na cidade, militares do Exército e fuzileiros navais ajudavam as famílias a recolher móveis e deixar duas casas rumo aos abrigos.
A Defesa Civil do Estado diz que havia no final da tarde desta sexta-feira 1.085 desabrigados e que 2.236 pessoas se transferiram para a casa de parentes nos seis municípios mais afetados pela chuva.
Estradas
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, além da interrupção da BR-116 pela destruição da ponte sobre o Fragata, há trechos danificados nas BRs 392 e 293. Motoristas que viajam por estas estradas do sul são orientados a usar desvios.
De acordo com os serviços de meteorologia, em 48 horas choveu mais de 300 milímetros --o equivalente à média de dois meses. O meteorologista Eugênio Hackbart afirma que um ciclone subtropical estacionado na costa do Uruguai deve trazer mais chuva e ventos de até 80 km/h para a região durante o final de semana.
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