Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/05/2009 - 07h40

Chuvas interditam parque nacional no interior do Piauí

Publicidade

MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha

O Parque Nacional de Sete Cidades, no interior do Piauí, onde se localizam alguns dos principais sítios arqueológicos do país, está interditado devido às chuvas. As águas obstruem o acesso às atrações da unidade. O parque, com 6.331 hectares --cerca de 40 vezes o parque Ibirapuera--, é conhecido por abrigar monumentos geológicos e pinturas rupestres, além de 22 nascentes, piscinas naturais e cachoeiras.

A natureza da região, dizem especialistas, atesta a passagem do homem pré-histórico no local. Devido a lama, buracos e vias alagadas, carros não podem trafegar pelo parque.

Desde abril, os 11 funcionários da unidade só conseguem chegar à sede com a ajuda de camionete com tração nas quatro rodas.

Segundo Karlla Gomes, analista ambiental do parque, as chuvas danificaram para-raios. A fiação elétrica do centro de visitantes foi ao chão durante uma tempestade. O local está sem luz há semanas. O parque recebe 1.500 turistas por mês.

Morte no Maranhão

Mais uma morte em razão das chuvas foi confirmada pela Defesa Civil do Maranhão, elevando a 13 o total de vítimas no Estado. O corpo de um homem sumido havia quatro dias no rio Mearim foi achado em Bacabal.

Os temporais já obrigaram mais de 300 mil pessoas a sair de casa e causaram 32 mortes no Nordeste --o Ceará, que divulgara 12 óbitos e decidiu rever a estatística, não tem o número exato. Nos nove Estados da região, 238 cidades decretaram situação de emergência.

Em Trizidela do Vale (MA), que está com cerca de 80% das casas embaixo d'água, um dos reflexos das enchentes é a alta dos preços.

Segundo o empresário Paulo Maratá, 46, o quilo do tomate, normalmente a R$ 4, sai hoje por R$ 8. O botijão de gás passou de R$ 34 para R$ 50.

O comerciante de ovos Eugênio Sampaio, 53, diz que uma caixa com 360 unidades, antes vendida a R$ 37, passará a custar R$ 62 a partir de hoje. Segundo ele, o preço subiu devido às dificuldades no transporte.

Colaboraram RENATA BAPTISTA, GUSTAVO HENNEMANN e JOSÉ EDUARDO RONDON, da Agência Folha

Comentários dos leitores
jairo dias (1) 15/06/2009 19h27
jairo dias (1) 15/06/2009 19h27
olha sò eu queria saber. ..cadê o velhinho(engenheiro, ou sei la o que) que apqreceu em reportagens de tv dizendo um ou dois dias antes que tava tudo bem e que a barragem não romperia... sem opinião
avalie fechar
José Nilson Campos (5) 31/05/2009 14h02
José Nilson Campos (5) 31/05/2009 14h02
Antes de buscar culpado(s) é importante estruturar os fatos. Há duas coisas distintas: 1) o arrombamento da barragem e 2) a remoção das populações das áreas de risco. O erro pode estar em dois pontos: 1)No projeto ou na construção. Somente uma perícia técnica bem feita pode identificar as causas. No segundo caso, remoção das populações, deixou-se de aplicar o princípio da precaução. Para tomar decisões em situações de riscos, como no caso, é necessário um sistema institucional competente e estabelecido. A informação técnica, de um comitê de alto nível, deve ser transferida para os decisores político-institucionais. Não se deve, nunca, em situações dessa natureza, deixar a responsabilidade em um único indivíduo.
Em aviação uma queda de uma aeronave é, quase sempre, uma tragédia que resulta em muitas vítimas. Contudo, essas tragédias são objeto de perícias e estudos para criar procedimentos e técnicas que reduzam o número de desastres no futuro. Assim devia ser feito com desastres em barragens. Cada desastre devia ser objeto de um relatório completo para uma entidade superior que iria estabelecer políticas de segurança de barragem. É uma pena que na busca de um Estado mínimo, coisas importantes como segurança de barragens ou de outras grandes obras de Engenharia tenham sido esquecidas. É hora de repensar. Que desastres como esse sirvam para instituir um sistema que possa poupar vidas no futuro.
14 opiniões
avalie fechar
Simpson Bonner (157) 29/05/2009 20h54
Simpson Bonner (157) 29/05/2009 20h54
Mais um item da Herança maldita 7 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (29)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página