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21/08/2002 - 07h02

Polícia reforça segurança na favela do Jacarezinho, após morte de Vado

da Folha Online

Cerca de 100 policiais do 3º BPM do Méier, Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Grupamento Especial Tático-Móvel estão na favela do Jacarezinho desde ontem para impedir manifestações de moradores incitados por traficantes e garantir a segurança do posto de policiamento comunitário no local.

A PM agiu a partir das 21h de ontem, após denúncia de que os bandidos atacariam a unidade _em retaliação à morte do traficante Vado. Ele era apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela e teve um diálogo grampeado com o cantor Belo, de quem supostamente receberia dinheiro para comprar drogas em troca de uma arma.

Segundo a PM, um grupo com cerca de 20 bandidos foi surpreendido pelos policiais por volta das 20h30 de ontem na favela. Começou a troca de tiros. Além de Vado, que portava um fuzil G-3, Rodrigo Cláudio de Moraes Silva, que tinha em seu poder uma submetralhadora, também foi morto.

Criança baleada
Vado foi atingido por vários tiros de fuzil. Uma granada, que, segundo a PM, seria jogada contra a polícia, teria explodido. Estilhaços também teriam atingido o traficante, que só foi reconhecido pela tatuagem de tubarão no peito. Para evitar protestos, a PM ocupou a favela.

Outras seis pessoas foram atingidas na troca de tiros, entre elas uma menina de quatro anos, que foi alvejada na perna. Todos foram encaminhados ao hospital Salgado Filhos e passam bem.

Caso Belo
A suspeita de envolvimento do cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, e o traficante Vado foi levantada pela própria polícia após grampear ligações do traficante.

De acordo com Zaqueu Teixeira, chefe da Polícia Civil do Rio, Vado era um dos gerentes de um dos pontos de drogas comandados por Elias Maluco e Belo entraria no esquema financiando a aquisição de drogas. O cantor nega, mas já foi indiciado e mesmo preso (depois foi solto e aguarda julgamento em liberdade).

Na conversa gravada, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR". Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.

Novas conversas entre os dois foram apresentadas no dia 11 deste mês, pela Rede Globo, onde Belo demonstrava intimidade com Vado.

Belo se entregou à polícia em 5 de junho, depois de passar uma semana foragido.

Ele ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.

Leia mais:
  • Vado, traficante que estaria envolvido com cantor Belo, é morto no Rio
  • Belo mostra intimidade com traficante em novas gravações divulgadas
  • Leia trechos da fita com suposta tentativa de suborno de Belo
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