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14/09/2002
-
23h35
da Folha Online
Os três principais candidatos que disputam o governo de São Paulo têm opiniões divergentes sobre a desativação da Casa de Detenção do Carandiru, marcada pela transferência dos últimos 76 detentos neste domingo.
Maluf é o único que se posiciona frontalmente contra o fim do presídio. "Desativar o Carandiru neste momento, quando os distritos policiais estão superlotados de presos, é mera pirotecnia eleitoral."
Segundo ele, a medida só poderia ter sido tomada se não houvesse mais déficit de vagas no sistema carcerário. "Há mais de 100 mil mandados de prisão para cumprir e eu gostaria de saber onde esses presos serão colocados se a polícia conseguir prendê-los".
Ele diz, no entanto, que se for eleito governador não vai reativar a Casa de Detenção. A proposta do candidato é aproveitar os prédios que escaparem da demolição para construir universidades públicas.
O petista José Genoino aprova a desativação, mas se une a Maluf para acusar o governo de promover a ação com objetivos eleitorais. "A desativação do Carandiru vem tarde e obedece a um cronograma eleitoreiro".
Segundo ele, não investiu no combate à criminalidade e "deixou que o Estado mergulhasse numa espiral de violência, de fugas de presídios e de rebeliões sem precedentes na história de São Paulo".
A proposta de Genoino para o local é transformar o Carandiru em uma "Estação para a Juventude, com características multifuncionais". A proposta é "unir centros de cultura, esporte e lazer, além de colégios de ensino profissionalizante".
Alckmin, por outro lado, só vê benefícios na desativação. Ele se defende das acusações de uso eleitoral da máquina pública e diz que o Estado passou os últimos anos investindo na construção de novos presídios, e só agora o fim do Carandiru se tornou possível.
"Estamos tirando do papel um belo projeto. Nós tínhamos, como compromisso, a desativação da Casa de Detenção, que chegou a abrigar mais de 8.000 presos". Segundo ele, é impossível administrar uma cadeia com tantos detentos.
O governador já anunciou a criação de um parque público no local onde hoje está a Detenção. O projeto prevê a criação de quadras e pista de atletismo, além da liberação do acesso a uma área de 5,5 hectares de Mata Atlântica preservada que se localiza atrás dos pavilhões do Carandiru.
Leia mais:
Maluf recua e defende o fim do Carandiru
Leia mais notícias sobre o Carandiru
Maluf, Alckmin e Genoino divergem sobre fim do Carandiru
FÁBIO PORTELAda Folha Online
Os três principais candidatos que disputam o governo de São Paulo têm opiniões divergentes sobre a desativação da Casa de Detenção do Carandiru, marcada pela transferência dos últimos 76 detentos neste domingo.
Maluf é o único que se posiciona frontalmente contra o fim do presídio. "Desativar o Carandiru neste momento, quando os distritos policiais estão superlotados de presos, é mera pirotecnia eleitoral."
Segundo ele, a medida só poderia ter sido tomada se não houvesse mais déficit de vagas no sistema carcerário. "Há mais de 100 mil mandados de prisão para cumprir e eu gostaria de saber onde esses presos serão colocados se a polícia conseguir prendê-los".
Ele diz, no entanto, que se for eleito governador não vai reativar a Casa de Detenção. A proposta do candidato é aproveitar os prédios que escaparem da demolição para construir universidades públicas.
O petista José Genoino aprova a desativação, mas se une a Maluf para acusar o governo de promover a ação com objetivos eleitorais. "A desativação do Carandiru vem tarde e obedece a um cronograma eleitoreiro".
Segundo ele, não investiu no combate à criminalidade e "deixou que o Estado mergulhasse numa espiral de violência, de fugas de presídios e de rebeliões sem precedentes na história de São Paulo".
A proposta de Genoino para o local é transformar o Carandiru em uma "Estação para a Juventude, com características multifuncionais". A proposta é "unir centros de cultura, esporte e lazer, além de colégios de ensino profissionalizante".
Alckmin, por outro lado, só vê benefícios na desativação. Ele se defende das acusações de uso eleitoral da máquina pública e diz que o Estado passou os últimos anos investindo na construção de novos presídios, e só agora o fim do Carandiru se tornou possível.
"Estamos tirando do papel um belo projeto. Nós tínhamos, como compromisso, a desativação da Casa de Detenção, que chegou a abrigar mais de 8.000 presos". Segundo ele, é impossível administrar uma cadeia com tantos detentos.
O governador já anunciou a criação de um parque público no local onde hoje está a Detenção. O projeto prevê a criação de quadras e pista de atletismo, além da liberação do acesso a uma área de 5,5 hectares de Mata Atlântica preservada que se localiza atrás dos pavilhões do Carandiru.
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