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16/09/2002 - 07h48

Médico diz que pode ter havido contaminação no Pará

da Agência Folha, em Muaná

O oftalmologista Paulo Fernandes, professor da UFPA (Universidade Federal do Pará), atestou atrofia do nervo ótico, sem causa aparente, para os seis cegos de Atuá que foram até Belém.

Fernandes rejeita a possibilidade de causas genéticas e de doenças como glaucoma e tracoma terem gerado os casos de cegueira.

Para o também professor de oftalmologia da UFPA, Ofir Dias Vieira, a atrofia do nervo ótico pode indicar que houve contaminação da população. "Os moradores podem ter ingerido ou inalado algum tipo de agente tóxico que atingiu o sistema nervoso central e o cérebro. Isso explicaria as alucinações visuais e as fortes dores de cabeça", disse Ofir Dias Vieira.

Vieira aponta que a absorção de elementos químicos como o chumbo ou o mercúrio podem causar a atrofia do nervo ótico.

O ontomologista Inocêncio Gorayeb praticamente descartou o envolvimento de insetos nos casos de cegueira. "Nenhum deles provoca atrofia do nervo ótico", disse Gorayeb.

A Secretaria da Saúde do Pará fará um mapa genealógico dos moradores do Atuá para saber se uma causa genética estaria relacionada aos casos de cegueira. Os técnicos também coletaram amostras do solo e da água.

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