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20/10/2002
-
00h03
da Folha Online
"O único momento em que chorei, depois de voltar à casa do Silvio Santos, foi quando, já algemado e a caminho da viatura que me levaria para a prisão, deparei de frente com meu pai e minha irmã. Foi tudo muito rápido, no máximo 20 segundos, mas doeu demais."
"Confesso que tentei até encontrar no crime a saída. Se você comete um crime e sai ileso, isso é um estímulo para que você continue nessa vida."
"Sou apenas um dos milhões de exemplos de jovens que querem realizar sonhos, crescer na vida e na profissão que escolheram, e não conseguiram. Se um dos 200 currículos que enviei tivesse virado emprego, teria tomado outro rumo."
"Abordei um carteiro na rua e comprei a roupa dele por R$ 20. Ele disse que alegaria na empresa que foi assaltado. Quando cheguei à casa do Silvio Santos para sequestrar a Patrícia, me apresentei como carteiro."
"Não creio que o dinheiro do resgate, os R$ 500 mil, acabasse rápido. Ao contrário. Agora, se ele terminasse e o primeiro sequestro fosse bem sucedido, acredito que iria encontrar num próximo sequestro a solução."
"O papel do Silvio naquela situação era o de mostrar ser meu amigo, mas não o de se preocupar em como eu poderia sair da casa dele ileso. Praticamente foi ele quem tocou toda a negociação e também teve a idéia de exigir a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin." sobre a invasão durante a fuga na casa de Silvio Santos
"Acredito que muitas mulheres enxerguem no Fernando um bandido romântico até pelas palavras da Patrícia Abravanel sobre o tratamento recebido."
"No pouco tempo que tinha imaginei que se ficasse ali iria morrer mais cedo ou mais tarde. Percebi que havia uma janela e lembrei que estivera analisando a parte externa na noite anterior. Empurrei o corpo do japonês, sai correndo e atirando para estourar o vidro. Era minha chance.(...) Havia duas marquises do lado de fora, separadas por uma distância aproximada de um metro. Não tive outra escolha senão descer por elas." sobre a ação no flat de Barueri.
"Encaro o livro sobre minha vida como um presente, já que com ele muitos poderão conhecer a real história e esclarecer dúvidas, além de saber um pouco do que existe por trás de um sequestrador. Na minha história há um ser humano, com família, sonhos e sentimentos. Para dar um exemplo, conhecemos bem o Silvio Santos da televisão, mas não sabemos como é o Senor Abravanel, o homem que faz o personagem do Silvio Santos."
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LÍVIA MARRAda Folha Online
"O único momento em que chorei, depois de voltar à casa do Silvio Santos, foi quando, já algemado e a caminho da viatura que me levaria para a prisão, deparei de frente com meu pai e minha irmã. Foi tudo muito rápido, no máximo 20 segundos, mas doeu demais."
"Confesso que tentei até encontrar no crime a saída. Se você comete um crime e sai ileso, isso é um estímulo para que você continue nessa vida."
"Sou apenas um dos milhões de exemplos de jovens que querem realizar sonhos, crescer na vida e na profissão que escolheram, e não conseguiram. Se um dos 200 currículos que enviei tivesse virado emprego, teria tomado outro rumo."
"Abordei um carteiro na rua e comprei a roupa dele por R$ 20. Ele disse que alegaria na empresa que foi assaltado. Quando cheguei à casa do Silvio Santos para sequestrar a Patrícia, me apresentei como carteiro."
"Não creio que o dinheiro do resgate, os R$ 500 mil, acabasse rápido. Ao contrário. Agora, se ele terminasse e o primeiro sequestro fosse bem sucedido, acredito que iria encontrar num próximo sequestro a solução."
"O papel do Silvio naquela situação era o de mostrar ser meu amigo, mas não o de se preocupar em como eu poderia sair da casa dele ileso. Praticamente foi ele quem tocou toda a negociação e também teve a idéia de exigir a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin." sobre a invasão durante a fuga na casa de Silvio Santos
"Acredito que muitas mulheres enxerguem no Fernando um bandido romântico até pelas palavras da Patrícia Abravanel sobre o tratamento recebido."
"No pouco tempo que tinha imaginei que se ficasse ali iria morrer mais cedo ou mais tarde. Percebi que havia uma janela e lembrei que estivera analisando a parte externa na noite anterior. Empurrei o corpo do japonês, sai correndo e atirando para estourar o vidro. Era minha chance.(...) Havia duas marquises do lado de fora, separadas por uma distância aproximada de um metro. Não tive outra escolha senão descer por elas." sobre a ação no flat de Barueri.
"Encaro o livro sobre minha vida como um presente, já que com ele muitos poderão conhecer a real história e esclarecer dúvidas, além de saber um pouco do que existe por trás de um sequestrador. Na minha história há um ser humano, com família, sonhos e sentimentos. Para dar um exemplo, conhecemos bem o Silvio Santos da televisão, mas não sabemos como é o Senor Abravanel, o homem que faz o personagem do Silvio Santos."
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