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21/10/2002 - 22h01

Acusados de matar garçom eram considerados "pacíficos e tranquilos"

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Os sete jovens suspeitos de espancar até a morte o garçom Nelson Simões dos Santos, 39, na última quinta-feira em Porto Seguro, cursaram o segundo grau em escolas particulares e se preparavam para iniciar a faculdade. Filhos de classe média, eram vistos por professores e colegas como pacíficos e "tranquilos".

Thiago Barroso Marnet, 18, era o único do grupo que estava parado nos estudos. Após terminar o segundo grau no ano passado e servir ao Exército, pensava em começar um pré-vestibular para tentar o exame em 2003. Ainda não havia se decidido pela carreira.

O desejo de Marnet, segundo familiares, era continuar na corporação. Cursou e foi aprovado no curso para cabos, mas foi dispensado do Exército. Em julho, devido a restrições orçamentárias, o Ministério da Defesa antecipou a liberação de 44 mil recrutas. Para se manter, começou a trabalhar com serviços de telemensagem ao lado da casa onde mora com os pais e outros quatro irmãos.

Alunos do colégio La Salle, de ensino católico, os adolescentes, A.P.M. e F.M.R., de 17 anos, foram aprovados no vestibular da UnB (Universidade de Brasília) e aproveitavam a viagem para festejar. Um professor deles, que pediu para não ser identificado, disse à Folha que eram quietos e nunca se envolveram em brigas no colégio.

Suspeito de ter golpeado o garçom com uma cadeira, Victor Tadeu Antunes Araújo, 19, comemorava a aprovação para o curso de psicologia da UnB. Segundo seu antigo professor do La Salle, Araújo nunca havia demonstrado irritabilidade ou violência. Outra característica seria um certo isolamento. "Ele não se misturava muito", disse o ex-professor.

Mauro Coelho de Souza, 19, e Arthur Alencar Ferreira de Melo, 19, cursam engenharia na UnB. Segundo um colega, os dois sempre pareceram "rapazes de casa".

Fernando Ferreira Von Sperling, 19, também estudou no La Salle e agora está na faculdade.

Confusão
Segundo a Buriti Turismo, organizadora da excursão a Porto Seguro, por terem mais de 18 anos, cinco rapazes "não tinham obrigatoriedade de horário" para retornar ao hotel. Já os menores de 18 teriam levado "autorização por escrito dos pais", permitindo que eles ficassem até mais tarde acompanhando os amigos. O crime ocorreu por volta das 23h30.

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