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12/11/2002
-
19h02
da Agência Folha, em Salvador
O comerciante Augêncio Silva, 51, disse que não acredita na participação de sua filha no assassinato de Jussara Guimarães, em julho. Após quatro meses de investigações, a estudante de zootecnia da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) Fabiany Guimarães Silva, 21, e o namorado, Joésio Alves, 26, foram presos em Minas Gerais sob acusação de envolvimento no crime.
"Pelo que conheço do seu caráter, ela jamais teria coragem para assassinar a mãe", afirmou Silva. Ao mesmo tempo em que isenta a filha, ele acusa o namorado dela.
"As investigações demonstram que o mandante do assassinato foi o vagabundo (Joésio Alves). Como ele é um mandante sem dinheiro para pagar o criminoso, resolveu voltar para Minas Gerais, alegando que estava recebendo ameaças de morte", disse.
O crime aconteceu quando Jussara Guimarães chegava à sua casa, no centro de Itapetinga (562 km de Salvador), com o marido, duas filhas (inclusive Fabiany Silva) e um sobrinho. Segundo a PM, Jussara foi morta com um tiro na cabeça, disparado por um homem encapuzado.
"Minha mulher foi eliminada friamente. Foi tudo muito rápido. quando percebi, vi apenas o cano do revólver e o disparo", disse o comerciante Augêncio Silva, 51, que era casado com a vítima.
Responsável pelas primeiras investigações, o delegado Humberto Mattos começou a desconfiar da estudante e do namorado dela quando ambos resolveram deixar Itapetinga para morar em Contagem.
Duas semanas antes da viagem, a PM também recebeu um bilhete anônimo supostamente escrito pela estudante, acusando um agricultor pela morte da mãe.
"Como pode ter acontecido um desentendimento entre a mãe dela e o agricultor, Fabiany aproveitou a situação para se passar por outra pessoa e desviar a atenção dos policiais", disse o investigador José Paulo Cerqueira, 37.
Resultados preliminares da perícia revelam que a grafia encontrada no bilhete é muito semelhante "à da estudante". O bilhete foi encaminhado para um instituto de Salvador para a realização de um novo laudo.
Em seu primeiro depoimento à polícia de Itapetinga, Fabiany negou qualquer envolvimento com a morte de sua mãe e disse que apenas acompanhou seu namorado na viagem para Contagem. "A família dele é Minas Gerais, e ele foi procurar emprego lá", disse.
Joésio Alves também negou a acusação da PM. "No dia (do crime) eu estava com dengue e não saí de casa."
Os dois se conheceram há dois anos, quando Alves, que trabalha fazendo tatuagens, foi para Itapetinga para se encontrar com um filho.
"Com o início do namoro, minha filha, que sempre foi muito econômica, mudou repentinamente de comportamento, gastando tudo o que tinha", disse Silva.
Os dois acusados ainda não haviam constituído advogados. Um possível motivo para o crime seria uma apólice deixada por Jussara no valor de R$ 2.500 para Fabiany e de R$ 20 mil para a outra filha.
Pedradas
No final de outubro, a estudante do 3º ano do ensino médio em Itabuna (469 km ao sul de Salvador) G.S.L., 17, foi encaminhada para a Delegacia da Infância do município, depois de confessar à PM que matou a própria mãe, Josefa Souza Santos, 53, a pedradas e golpes de tesoura.
Segundo o depoimento dela, a adolescente contou com a ajuda do namorado E.A. M., 17, para matar a mãe. "Minha mãe não aceitava o meu namoro e passei a ter ódio dela."
E.A.M. disse em depoimento que o crime foi planejado. "Primeiramente, dei uma pedrada na cabeça dela (Josefa Santos). Como percebi que não tinha morrido, eu e minha namorada pegamos uma tesoura e desferimos vários golpes em sua cabeça e peito."
Caso sejam condenados pela Justiça, os dois adolescentes poderão ficar até três anos internados em uma casa de recuperação.
Leia mais:
Filha é presa sob suspeita de envolvimento na morte da mãe, na BA
Reconstituição da morte do casal Richthofen ocorre amanhã cedo
Comerciante nega que filha tenha planejado morte da mãe na BA
LUIZ FRANCISCOda Agência Folha, em Salvador
O comerciante Augêncio Silva, 51, disse que não acredita na participação de sua filha no assassinato de Jussara Guimarães, em julho. Após quatro meses de investigações, a estudante de zootecnia da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) Fabiany Guimarães Silva, 21, e o namorado, Joésio Alves, 26, foram presos em Minas Gerais sob acusação de envolvimento no crime.
"Pelo que conheço do seu caráter, ela jamais teria coragem para assassinar a mãe", afirmou Silva. Ao mesmo tempo em que isenta a filha, ele acusa o namorado dela.
"As investigações demonstram que o mandante do assassinato foi o vagabundo (Joésio Alves). Como ele é um mandante sem dinheiro para pagar o criminoso, resolveu voltar para Minas Gerais, alegando que estava recebendo ameaças de morte", disse.
O crime aconteceu quando Jussara Guimarães chegava à sua casa, no centro de Itapetinga (562 km de Salvador), com o marido, duas filhas (inclusive Fabiany Silva) e um sobrinho. Segundo a PM, Jussara foi morta com um tiro na cabeça, disparado por um homem encapuzado.
"Minha mulher foi eliminada friamente. Foi tudo muito rápido. quando percebi, vi apenas o cano do revólver e o disparo", disse o comerciante Augêncio Silva, 51, que era casado com a vítima.
Responsável pelas primeiras investigações, o delegado Humberto Mattos começou a desconfiar da estudante e do namorado dela quando ambos resolveram deixar Itapetinga para morar em Contagem.
Duas semanas antes da viagem, a PM também recebeu um bilhete anônimo supostamente escrito pela estudante, acusando um agricultor pela morte da mãe.
"Como pode ter acontecido um desentendimento entre a mãe dela e o agricultor, Fabiany aproveitou a situação para se passar por outra pessoa e desviar a atenção dos policiais", disse o investigador José Paulo Cerqueira, 37.
Resultados preliminares da perícia revelam que a grafia encontrada no bilhete é muito semelhante "à da estudante". O bilhete foi encaminhado para um instituto de Salvador para a realização de um novo laudo.
Em seu primeiro depoimento à polícia de Itapetinga, Fabiany negou qualquer envolvimento com a morte de sua mãe e disse que apenas acompanhou seu namorado na viagem para Contagem. "A família dele é Minas Gerais, e ele foi procurar emprego lá", disse.
Joésio Alves também negou a acusação da PM. "No dia (do crime) eu estava com dengue e não saí de casa."
Os dois se conheceram há dois anos, quando Alves, que trabalha fazendo tatuagens, foi para Itapetinga para se encontrar com um filho.
"Com o início do namoro, minha filha, que sempre foi muito econômica, mudou repentinamente de comportamento, gastando tudo o que tinha", disse Silva.
Os dois acusados ainda não haviam constituído advogados. Um possível motivo para o crime seria uma apólice deixada por Jussara no valor de R$ 2.500 para Fabiany e de R$ 20 mil para a outra filha.
Pedradas
No final de outubro, a estudante do 3º ano do ensino médio em Itabuna (469 km ao sul de Salvador) G.S.L., 17, foi encaminhada para a Delegacia da Infância do município, depois de confessar à PM que matou a própria mãe, Josefa Souza Santos, 53, a pedradas e golpes de tesoura.
Segundo o depoimento dela, a adolescente contou com a ajuda do namorado E.A. M., 17, para matar a mãe. "Minha mãe não aceitava o meu namoro e passei a ter ódio dela."
E.A.M. disse em depoimento que o crime foi planejado. "Primeiramente, dei uma pedrada na cabeça dela (Josefa Santos). Como percebi que não tinha morrido, eu e minha namorada pegamos uma tesoura e desferimos vários golpes em sua cabeça e peito."
Caso sejam condenados pela Justiça, os dois adolescentes poderão ficar até três anos internados em uma casa de recuperação.
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