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19/11/2002
-
18h35
LETÍCIA JARDIM GUEDES
da Folha Online
A Justiça decretou na tarde de hoje a prisão preventiva dos três acusados de assassinar o casal Manfred e Marísia von Richthofen. O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro no Brooklin, zona sul de São Paulo.
Suzane, 19, filha do casal, seu namorado, Daniel Cravinhos, 21, e o irmão dele, Cristian, 26, estão detidos desde o dia 8, após confessarem o crime.
Pela decisão do juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, eles devem ficar presos até o julgamento. No entanto, os advogados de defesa podem entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado para tentar que respondam a processo em liberdade.
O promotor Roberto Tardelli ofereceu hoje denúncia contra os acusados. Eles vão responder por duplo homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo torpe e impossibilidade de defesa) e "fraude processual", caracterizada pela intenção de simular latrocínio, revirando a biblioteca da casa. Cristian é o único que vai responder por uma acusação a mais: furto simples, por ter levado jóias de Marísia.
O primeiro interrogatório dos três acusados está marcado para ocorrer dia 3 dezembro, às 13h30, no 1º Tribunal do Júri.
A conclusão do inquérito pela polícia foi encaminhada ontem para a Justiça. No relato final do inquérito, a delegada Cintia Tucunduva Gomes, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), aponta Suzane, Daniel e Cristian como autores do crime.
Transferência
Suzane está detida na carceragem do 89º Distrito Policial (Morumbi). Os irmãos Daniel e Cristian estão no 77º Distrito Policial (Santa Cecília) e, com a prisão preventiva decretada, serão transferidos para o CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém.
Suzane permanecerá, por enquanto, na delegacia.
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam, em casa, e assassinados a pancadas. Foram utilizadas barras de ferro recheadas com madeira, confeccionadas pelos acusados.
Suzane contou à polícia que acendeu a luz do corredor de casa para que os irmãos visualizassem melhor o casal. Daniel agrediu Manfred e Cristian, Marísia. Após o crime, jóias e dinheiro foram levadas da casa. A biblioteca foi revirada em uma tentativa de simular assalto.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
A casa dos von Richthofen foi pichada no final de semana. Foram deixadas velas e flores em homenagem ao casal assassinado.
Leia mais:
Promotor livra em denúncia Suzane e namorado de acusação de furto
Promotor oferece denúncia contra acusados de matar casal
Justiça decreta prisão preventiva de acusados de matar casal
LÍVIA MARRALETÍCIA JARDIM GUEDES
da Folha Online
A Justiça decretou na tarde de hoje a prisão preventiva dos três acusados de assassinar o casal Manfred e Marísia von Richthofen. O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro no Brooklin, zona sul de São Paulo.
Suzane, 19, filha do casal, seu namorado, Daniel Cravinhos, 21, e o irmão dele, Cristian, 26, estão detidos desde o dia 8, após confessarem o crime.
Pela decisão do juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, eles devem ficar presos até o julgamento. No entanto, os advogados de defesa podem entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado para tentar que respondam a processo em liberdade.
O promotor Roberto Tardelli ofereceu hoje denúncia contra os acusados. Eles vão responder por duplo homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo torpe e impossibilidade de defesa) e "fraude processual", caracterizada pela intenção de simular latrocínio, revirando a biblioteca da casa. Cristian é o único que vai responder por uma acusação a mais: furto simples, por ter levado jóias de Marísia.
O primeiro interrogatório dos três acusados está marcado para ocorrer dia 3 dezembro, às 13h30, no 1º Tribunal do Júri.
A conclusão do inquérito pela polícia foi encaminhada ontem para a Justiça. No relato final do inquérito, a delegada Cintia Tucunduva Gomes, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), aponta Suzane, Daniel e Cristian como autores do crime.
Transferência
Suzane está detida na carceragem do 89º Distrito Policial (Morumbi). Os irmãos Daniel e Cristian estão no 77º Distrito Policial (Santa Cecília) e, com a prisão preventiva decretada, serão transferidos para o CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém.
Suzane permanecerá, por enquanto, na delegacia.
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam, em casa, e assassinados a pancadas. Foram utilizadas barras de ferro recheadas com madeira, confeccionadas pelos acusados.
Suzane contou à polícia que acendeu a luz do corredor de casa para que os irmãos visualizassem melhor o casal. Daniel agrediu Manfred e Cristian, Marísia. Após o crime, jóias e dinheiro foram levadas da casa. A biblioteca foi revirada em uma tentativa de simular assalto.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
A casa dos von Richthofen foi pichada no final de semana. Foram deixadas velas e flores em homenagem ao casal assassinado.
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