Associação de distribuidoras considera apagões no Rio como casos excepcionais

O presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica), Luís Carlos Guimarães, afirmou nesta sexta-feira que os recentes apagões ocorridos no Rio são casos excepcionais. Segundo ele, a Light vem fazendo os investimentos necessários na rede, considerada eficiente.

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"A questão é pontual. Não tenho como explicar as causas porque não tenho o conhecimento suficiente da empresa, mas posso garantir que a rede subterrânea não gera problemas. Gerou agora. É algo estranho, é um fato excepcional", disse ele durante realização de leilão de linha de transmissão no Rio.

Prédios do Leblon permanecem sem luz nesta sexta devido a um problema na rede subterrânea da Light, que provocou novo apagão na zona sul na noite de quinta (26). Para Guimarães, no entanto, o sistema subterrâneo é seguro e menos vulnerável a chuvas e raios.

O representante das distribuidoras disse ainda que é muito baixa a média de interrupções de fornecimento de energia nos últimos dez anos para o bairro do Leblon, zona sul da cidade. Ele citou dados da Aneel, que indicam que os moradores do bairro ficam, em média, uma hora por ano sem luz.

Guimarães disse que a média de interrupção em todo o Brasil é de 16 horas e, no Sudeste, não passa de 11 horas por ano. "A média da Light fica até abaixo disso."

Os investimentos feitos pela distribuidora fluminense na expansão e manutenção da rede nos últimos anos são satisfatórias, na avaliação de Guimarães.

Ele destacou que 70% do que foi investido pela Light recentemente foram destinados a melhorias na rede da companhia. Ainda de acordo com Guimarães, todas as 64 empresas distribuidoras de energia elétrica no país investem, em média, de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões por ano.