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14/01/2003
-
18h39
da Folha Online
O cantor Marcelo Pires Viera, o Belo, deverá tomar conhecimento amanhã, oficialmente, de sua condenação por seis anos por associação para o tráfico de drogas.
Ele e outros 13 condenados no mesmo processo deverão comparecer a 34ª Vara Criminal do Rio às 13h.
A sentença, de 47 laudas, foi dada em 30 de dezembro do ano passado pela juíza Rute Viana, mas divulgada no último dia 7. Apesar da condenação, o cantor poderá recorrer em liberdade.
Segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado, os condenados serão comunicados no cartório e não terão contato algum com o juiz Enos da Costa Palma, substituto da juíza, que está em férias.
A defesa dos condenados tem cinco dias, a partir de amanhã, para entrar com recurso.
Os advogados do Belo deverão alegar falta de provas para a condenação. O Ministério Público também deverá recorrer, por achar a pena pequena.
Suspeitas
As suspeitas de envolvimento de Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, e divulgados em maio de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte).
Vado foi morto dia 20 de agosto, durante confronto com policiais militares na favela.
Nas conversas telefônicas interceptadas, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um 'tênis AR' para Belo. Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas no processo, entre elas Vado (já morto) e o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. O crime ocorreu em 2 de junho do ano passado no complexo do Alemão (zona norte). Elias Maluco foi preso dia 20 de setembro, durante operação policial.
Prisão
A prisão preventiva de Belo foi decretada em 29 de maio, mas ele se entregou depois de passar uma semana foragido.
O cantor ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.
Em 8 de agosto, a ministra Ellen Gracie Northfleet, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou o habeas corpus.
A partir daí, a Justiça julgou recursos que pediam o restabelecimento da prisão do cantor, mas ele permanece em liberdade.
Leia mais:
Cantor Belo é condenado a seis anos de prisão pela Justiça do Rio
Recurso contra condenação de Belo alegará falta de provas
Justiça comunica Belo amanhã, oficialmente, sobre condenação
LÍVIA MARRAda Folha Online
O cantor Marcelo Pires Viera, o Belo, deverá tomar conhecimento amanhã, oficialmente, de sua condenação por seis anos por associação para o tráfico de drogas.
Ele e outros 13 condenados no mesmo processo deverão comparecer a 34ª Vara Criminal do Rio às 13h.
A sentença, de 47 laudas, foi dada em 30 de dezembro do ano passado pela juíza Rute Viana, mas divulgada no último dia 7. Apesar da condenação, o cantor poderá recorrer em liberdade.
Segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado, os condenados serão comunicados no cartório e não terão contato algum com o juiz Enos da Costa Palma, substituto da juíza, que está em férias.
A defesa dos condenados tem cinco dias, a partir de amanhã, para entrar com recurso.
Os advogados do Belo deverão alegar falta de provas para a condenação. O Ministério Público também deverá recorrer, por achar a pena pequena.
Suspeitas
As suspeitas de envolvimento de Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, e divulgados em maio de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte).
Vado foi morto dia 20 de agosto, durante confronto com policiais militares na favela.
Nas conversas telefônicas interceptadas, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um 'tênis AR' para Belo. Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas no processo, entre elas Vado (já morto) e o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. O crime ocorreu em 2 de junho do ano passado no complexo do Alemão (zona norte). Elias Maluco foi preso dia 20 de setembro, durante operação policial.
Prisão
A prisão preventiva de Belo foi decretada em 29 de maio, mas ele se entregou depois de passar uma semana foragido.
O cantor ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.
Em 8 de agosto, a ministra Ellen Gracie Northfleet, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou o habeas corpus.
A partir daí, a Justiça julgou recursos que pediam o restabelecimento da prisão do cantor, mas ele permanece em liberdade.
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