Sobrevivente diz que cama protegeu de soterramento em Angra (RJ)

A estudante Luciana Máximo de Castro, moradora de Minas, é uma das sobreviventes dos deslizamentos ocorridos em Angra dos Reis (RJ) na primeira madrugada do ano. Ela diz acreditar que foi salva por estar na parte de baixo de um beliche.

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"Quando ela caiu, fez uma cabaninha que me protegeu. Então, não tive muito impacto de pedras; foi mais lama", disse a jovem ao "Jornal Nacional", da Rede Globo.

Luciana passava o Réveillon na cidade com mais seis amigos, entre eles Yumi Faraci, filha dos donos da pousada Sankay, e que morreu com o soterramento parcial do imóvel, localizado na praia do Bananal, em Ilha Grande.

Três dos sete amigos morreram --Yumi, Isabella Godinho da Rocha, 20, e Paulo Henrique Barbosa Sarmiento, 27. Os outros três sobreviveram e retornaram para casa, também em Minas.

Luciana diz que dormia no momento da tragédia e acordou com um "barulho muito grande". "Na hora que começou tudo não sabia o que estava acontecendo, se era sonho, se era verdade", afirmou a jovem.

Equipes de resgate já encontraram 41 corpos na cidade: 28 em Ilha Grande e 13 no morro da Carioca, na parte continental da cidade. Devido a riscos de novos deslizamentos de terra, a rodovia Rio-Santos foi interditada em Angra.

Em todo o país foram registradas ao menos 76 mortes causadas pelas chuvas desde a última quarta-feira (30). O Estado com maior número de vítimas é o Rio, com 63 mortes registradas, sendo 41 apenas em Angra. Outras mortes aconteceram nas cidades de Guararema (4) e Cunha (6), ambas em São Paulo; e outras três em Juiz de Fora (MG).