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03/01/2010 - 19h36

Filha de donos de pousada soterrada é cremada em Minas; cinzas voltarão para Angra

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Contagem

O corpo da jovem Yumi Imanishi Faraci, 18, filha dos donos da pousada Sankay --que foi parcialmente soterrada em Angra dos Reis (RJ)-- foi cremado neste domingo na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Segundo uma tia, a família planeja jogar as cinzas na baía de Angra.

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Yumi havia sido criada no local --os pais se mudaram para lá em 1994. No ano passado, ela foi para Belo Horizonte para estudar arquitetura na Universidade Federal de Minas.

A convite de Yumi, seis colegas e uma amiga de Angra foram passar o Ano-Novo e a primeira quinzena das férias de janeiro na praia. Ficaram todos no mesmo quarto, na casa anexa à pousada, onde Yumi viveu. Além dela, também morreram os amigos Isabella Godinho, 20, e Paulo Sarmento, 27. Eles foram enterrados neste domingo.

Chorando muito, três sobreviventes compareceram ao velório de Yumi. Gustavo Pucci, 22, disse que tentou "de tudo" para salvar outras pessoas. "Houve um barulho, que foi aumentando muito rápido. E, de repente, tudo veio caindo. Em princípio, eu achei que não ia ter jeito nem de sair."

Após se salvar, disse ter encontrado uma lanterna e que voltou para ajudar. Com a ajuda do pai de Yumi, retiraram três amigos. Restavam Yumi e os namorados Isabella e Paulo.

Emocionado, ele lembrou que chegou a ouvir pedidos de ajuda. "Alguém respondia, mas a gente não sabia quem. Não sabia nem se era algum dos três. Era muita coisa, era muita lama, era muita pedra, árvore."

Outro sobrevivente, Cristiano Dayrell, 19, disse que está muito abalado. "Qualquer cadeira arrastando, qualquer barulhinho eu morro de medo."

No velório de Yumi, amigos colocaram músicas que ela gostava de tocar no violão. Os pais não quiseram falar sobre a perda da única filha.

A família dos donos da pousada Sankay disse neste domingo que o estabelecimento era "um projeto de vida" para o casal Geraldo e Sônia Faraci e que não sabe ainda se eles vão retornar para a enseada do Bananal, em Ilha Grande (RJ), onde ocorreu a tragédia.

 

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