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25/02/2003
-
20h02
da Folha Online
A criação de políticas humanistas que priorizem os serviços de ajuda aos usuários de drogas ilícitas é um dos caminhos apontados por Giovanni Quaglia, representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime no Brasil e no Cone Sul, para a redução do tráfico no país.
"Não adianta trabalhar apenas a parte repressiva. Há uma necessidade de tratamento [do dependente] como forma de reduzir a criminalidade. Quem tem problemas tem de ser convencido pelas famílias a se tratar e precisa de serviços de qualidade para ajudá-lo", diz.
A participação de representantes da comunidade civil nas decisões tomadas por órgãos governamentais, como o Conad (Conselho Nacional Antidrogas), é uma das ações defendida por Quaglia.
Para o representante, a classe média brasileira tem grande parcela de responsabilidade no tráfico de drogas. "Não é uma questão de pobreza. Nos morros e favelas, as pessoas vinculadas com o tráfico representam de 2% a 5% desta população", diz.
No Rio de Janeiro, é possível comprar "cocaína delivery", da mesma forma que se pede pizza pelo telefone, pagando US$ 20, o grama, enquanto nas favelas a mesma quantidade de droga custa US$ 5.
"É preciso reduzir a demanda da classe média. É um negócio [o tráfico] que sempre vai ter meninos dispostos a fazer", afirma.
Por isso, conscientizar a classe média de que o consumo de drogas alimenta o tráfico e, consequentemente, a criminalidade é uma das medidas que devem trazer resultados positivos, embora apareçam apenas a médio e longo prazo.
Leia mais
Narcotraficante retém 99% da renda
Classe média alimenta tráfico e criminalidade, diz especialista
JANAINA FIDALGOda Folha Online
A criação de políticas humanistas que priorizem os serviços de ajuda aos usuários de drogas ilícitas é um dos caminhos apontados por Giovanni Quaglia, representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime no Brasil e no Cone Sul, para a redução do tráfico no país.
"Não adianta trabalhar apenas a parte repressiva. Há uma necessidade de tratamento [do dependente] como forma de reduzir a criminalidade. Quem tem problemas tem de ser convencido pelas famílias a se tratar e precisa de serviços de qualidade para ajudá-lo", diz.
A participação de representantes da comunidade civil nas decisões tomadas por órgãos governamentais, como o Conad (Conselho Nacional Antidrogas), é uma das ações defendida por Quaglia.
Para o representante, a classe média brasileira tem grande parcela de responsabilidade no tráfico de drogas. "Não é uma questão de pobreza. Nos morros e favelas, as pessoas vinculadas com o tráfico representam de 2% a 5% desta população", diz.
No Rio de Janeiro, é possível comprar "cocaína delivery", da mesma forma que se pede pizza pelo telefone, pagando US$ 20, o grama, enquanto nas favelas a mesma quantidade de droga custa US$ 5.
"É preciso reduzir a demanda da classe média. É um negócio [o tráfico] que sempre vai ter meninos dispostos a fazer", afirma.
Por isso, conscientizar a classe média de que o consumo de drogas alimenta o tráfico e, consequentemente, a criminalidade é uma das medidas que devem trazer resultados positivos, embora apareçam apenas a médio e longo prazo.
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