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17/03/2003 - 14h39

Promotores conversam com presos e investigam morte de juiz

da Folha Online

Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) seguiram hoje para Presidente Prudente (565 km de SP), onde vão conversar com presos da região.

Os promotores investigam o assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente, Antonio José Machado Dias, 47, ocorrido na última sexta-feira. O juiz era responsável por conceder ou negar benefícios a presos.

Há suspeitas de que o crime tenha sido organizado pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital), porque líderes e ex-líderes do grupo estão em presídios da região, como José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roris da Silva, o Cesinha.

Os dois estão no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, que abriga também o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

O envolvimento de Beira-Mar no crime não foi descartado. No entanto, segundo a polícia, o carro usado pela dupla que atirou contra o juiz, um Uno, foi roubado em São Paulo há cerca de 40 dias, antes da transferência do traficante para o Estado.

Beira-Mar deverá receber hoje a visita de sua advogada Cecília Machado. Ela disse que era "fácil e muito covarde" apontar seu cliente como responsável pelo assassinato.

Destino

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta manhã que Beira-Mar não voltará para o Rio nem será transferido para o Acre. Ele voltou a afirmar que o traficante também não permanecerá mais que 30 dias em São Paulo.

"O governador do Acre [Jorge Viana] acha que ele não deve ir para lá, o governador Geraldo Alckmin [de São Paulo] acha que não deve passar de 30 dias e a governadora Rosinha [Garotinho] não quer que vá para o Rio, e os três serão atendidos", afirmou.

O ministro disse que o governo federal trabalha com "várias opções" para a transferência de Beira-Mar, mas não divulgou o destino do traficante.

Bastos disse ainda que passou a receber proteção da PF após o assassinato do juiz-corregedor. "Eu nunca pensei que isso fosse acontecer na minha vida. Eu sempre vivi, como advogado, andando livremente em São Paulo e pelo Brasil, mas agora eu e a minha família toda estamos sob proteção da Polícia Federal."

O Tribunal de Justiça também definiu medidas para reforçar a segurança dos juízes. Entre elas, a não publicação do nome do juiz responsável por determinada decisão de execução criminal e o reforço no policiamento de fóruns.

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