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20/03/2003
-
00h49
da Folha Online
O arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, celebra nesta quinta-feira uma missa em memória do juiz Antonio José Machado Dias, 47, assassinado na última sexta-feira em Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo).
A missa será celebrada no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça de São Paulo, no centro da cidade.
O juiz foi assassinado pouco depois de deixar o fórum da cidade. Seu veículo, um Vectra, foi fechado por um Uno e um segundo carro.
Um ocupante do Uno atirou contra o juiz, que foi morto com três tiros: na clavícula esquerda, na testa e no punho direito.
Dias era responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região. Entre eles, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Investigações
Há suspeitas de envolvimento do PCC no crime. Um bilhete apreendido na penitenciária de Avaré ligaria a facção ao assassinato.
O papel foi interceptado por um agente da penitenciária quando era lançado de uma cela para outra, com a ajuda de uma linha. Em Avaré, os presos ficam em celas isoladas.
"A caminhada já foi feita. O machado já era. É o caminho do câncer", diz um trecho do bilhete.
O destinatário do bilhete seria o líder da facção Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola. Um preso ouvido nesta quarta-feira pelo Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) confirmou ter escrito o bilhete.
A polícia, porém, ainda não confirmou o envolvimento da facção no crime.
Dois suspeitos da morte do juiz foram presos em Campo Grande por porte ilegal de arma.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a polícia de Presidente Prudente fez um reconhecimento fotográfico dos dois suspeitos e, a princípio, não seriam eles os assassinos, apesar da semelhança de um deles com o retrato falado.
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Suspeitos são presos em Mato Grosso do Sul
Juiz sabia que era "a bola da vez" de facções
Dom Cláudio Hummes celebra missa em memória de juiz assassinado
LÍVIA MARRAda Folha Online
O arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, celebra nesta quinta-feira uma missa em memória do juiz Antonio José Machado Dias, 47, assassinado na última sexta-feira em Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo).
A missa será celebrada no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça de São Paulo, no centro da cidade.
O juiz foi assassinado pouco depois de deixar o fórum da cidade. Seu veículo, um Vectra, foi fechado por um Uno e um segundo carro.
Um ocupante do Uno atirou contra o juiz, que foi morto com três tiros: na clavícula esquerda, na testa e no punho direito.
Dias era responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região. Entre eles, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Investigações
Há suspeitas de envolvimento do PCC no crime. Um bilhete apreendido na penitenciária de Avaré ligaria a facção ao assassinato.
O papel foi interceptado por um agente da penitenciária quando era lançado de uma cela para outra, com a ajuda de uma linha. Em Avaré, os presos ficam em celas isoladas.
"A caminhada já foi feita. O machado já era. É o caminho do câncer", diz um trecho do bilhete.
O destinatário do bilhete seria o líder da facção Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola. Um preso ouvido nesta quarta-feira pelo Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) confirmou ter escrito o bilhete.
A polícia, porém, ainda não confirmou o envolvimento da facção no crime.
Dois suspeitos da morte do juiz foram presos em Campo Grande por porte ilegal de arma.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a polícia de Presidente Prudente fez um reconhecimento fotográfico dos dois suspeitos e, a princípio, não seriam eles os assassinos, apesar da semelhança de um deles com o retrato falado.
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