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26/03/2003 - 20h16

Governador do Piauí diz que aceita Beira-Mar no Estado

ALESSANDRA KORMANN
da Agência Folha

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), diz estar disposto a receber o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que deve ser transferido do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (SP) até sexta-feira.

Depois de ser usado como modelo para a instalação do Fome Zero, o Piauí vai novamente servir de piloto na instalação do primeiro presídio federal do país.

"O governador afirma que o Estado tem como uma de suas atribuições prestar segurança ao povo. Se a nação precisa abrigar alguém que oferece perigo, isso é obrigação do Estado", disse o secretário da Comunicação do Piauí, Oscar de Barros.

Segundo o secretário, o Piauí aceita receber Beira-Mar desde que o governo federal forneça toda a estrutura de segurança necessária para abrigar o traficante.

O anúncio de que o Piauí vai ser o primeiro Estado a ter um presídio federal foi feito nesta quarta-feira pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, depois de audiência conjunta da Comissão de Constituição e Justiça com a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos Deputados.

Uma penitenciária nova, que ainda não foi inaugurada, será reformada em 40 dias para abrigar o presídio federal.

A construção da Penitenciária Irmão Guido, em Demerval Lobão (a 14 km de Teresina), foi concluída em julho do ano passado. A obra custou R$ 1,75 milhão do Fundo de Penitenciárias Nacional. O Estado entrou com uma contrapartida de 10%.

No final do ano passado, a penitenciária abrigou provisoriamente cerca de 50 menores do Casa (Complexo de Apoio Social ao Adolescente), espécie de Febem local, depois que eles destruíram a instituição.

Após depredarem a Irmão Guido em uma nova rebelião, eles foram transferidos novamente para a Penitenciária Agrícola Major Cezar Oliveira.

Engenheiros do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ligado à Secretaria Nacional de Justiça, já estão vistoriando a penitenciária para determinar as reformas necessárias.

Para o secretário da Segurança Pública do Piauí, o delegado federal Airton Franco, tanto a federalização do presídio quanto a transferência de Beira-Mar para o Piauí podem ser positivas para o Estado.

"O Estado ganha com isso um reforço substancial para a sua própria segurança, como mais equipamentos de comunicação, helicópteros, viaturas. O Hildebrando Pascoal está preso no Acre e o coronel Correia Lima aqui [ambos ligados ao crime organizado], sem problemas. Não se deve fazer do Beira-Mar um mito nacional", disse.


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