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26/03/2003
-
20h44
da Folha de S.Paulo, em Campinas
Alexandre Alvarenga, 31, e Sara Maria Rosolen Alvarenga, 32, acusados de tentar matar os filhos _de 1 e de 6 anos_ acompanharam nesta quarta-feira depoimentos de oito testemunhas de acusação no fórum de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). As agressões ocorreram no dia 2 de fevereiro.
"Termina o que nós começamos. Mata o Alexandre e depois você me mata." Foi o que Sara teria dito ao policial militar Luciano Santos Dias, minutos depois de o marido ter jogado o filho de um ano contra o vidro de um carro em movimento e ter batido a cabeça da filha de seis anos contra uma árvore.
A afirmação foi feita pelo policial ao juiz da Vara do Júri Maurício Henrique Guimarães Pereira Filho, em parte de seu testemunho, na segunda audiência sobre o caso.
O casal foi denunciado pela Promotoria por dupla tentativa de homicídio.
Segundo Dias, Sara disse a frase após tentar pegar a arma de policiais, enquanto Alexandre era detido. "Os dois estavam agressivos, principalmente o Alexandre. Mas acabamos algemando os dois", disse Dias.
Além dele, o soldado Gilberto de Freitas Vivaldini, que também participou da ocorrência, e mais seis pessoas foram ouvidas na condição de testemunhas de acusação.
A filha do casal, A.R.A, 6, que estava relacionada para depor, acabou dispensada a pedidos dos advogados do casal.
Um dos momentos mais emocionantes da audiência foi quando o motorista da picape em que o bebê foi arremessado, Fernando Pompeo de Camargo, 73, chorou ao encarar Sara a pedido do juiz. Ele queria saber se a testemunha se lembrava de ter visto a mulher antes de Alexandre jogar o filho J.A.R.A, 1, contra seu carro. "Não me recordo", disse.
Outro momento marcante foi quando o pai de Sara, Santo Otávio Rosolen, agradeceu ao médico Jorge Vicente Chiarini Júnior por seu depoimento. "Deus lhe pague. Eu sou o pai de Sara", disse ao médico, durante sua saída.
Em seu depoimento, o médico não aponta Sara como culpada.
"As testemunhas confirmaram que ela [Sara] não teve participação ativa no crime", disse o advogado Pedro Marcelino.
Os oito depoimentos foram acompanhados pelo casal. Eles se viram pela primeira vez, desde a prisão. Alexandre e Sara participaram da audiência apenas como ouvintes. Os dois sentaram-se no mesmo banco e trocaram algumas palavras.
A maioria dos testemunhos indicou que Alvarenga provocou a colisão contra o outro veículo, arremessou o filho contra o pára-brisa do carro e seguiu com Sara para o bosque, onde ele batia a cabeça da filha contra uma árvore. Sara batia a própria cabeça.
Segundo a testemunha Carlos Eduardo Paes Pereira Sobrinho, no dia do crime, Sara respondeu, quando perguntada sobre o motivo das agressões, que "meu filho está com o pai". Depois deu uma risada e disse "satanás".
Também depôs na audiência a tia paterna de Alexandre, Maria Alvarenga Silva, que disse que a "irmã de Alexandre tem problemas mentais e a mãe dele é medicada regularmente por um neurologista."
O advogado de Alexandre, Luiz Henrique Cirilo, não foi encontrado após a audiência.
Durante a chegada do casal ao fórum, populares acompanharam o esquema especial de segurança montado pela Polícia Militar para evitar possíveis agressões contra o casal.
A perícia técnica fará, a partir das 10h desta quinta-feira, a reconstituição do crime com um amplo esquema de segurança policial.
Leia mais
Polícia reconstitui agressões
Acusados de agredir os filhos acompanham depoimentos em Campinas
KLEBER TOMAZda Folha de S.Paulo, em Campinas
Alexandre Alvarenga, 31, e Sara Maria Rosolen Alvarenga, 32, acusados de tentar matar os filhos _de 1 e de 6 anos_ acompanharam nesta quarta-feira depoimentos de oito testemunhas de acusação no fórum de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). As agressões ocorreram no dia 2 de fevereiro.
"Termina o que nós começamos. Mata o Alexandre e depois você me mata." Foi o que Sara teria dito ao policial militar Luciano Santos Dias, minutos depois de o marido ter jogado o filho de um ano contra o vidro de um carro em movimento e ter batido a cabeça da filha de seis anos contra uma árvore.
A afirmação foi feita pelo policial ao juiz da Vara do Júri Maurício Henrique Guimarães Pereira Filho, em parte de seu testemunho, na segunda audiência sobre o caso.
O casal foi denunciado pela Promotoria por dupla tentativa de homicídio.
Segundo Dias, Sara disse a frase após tentar pegar a arma de policiais, enquanto Alexandre era detido. "Os dois estavam agressivos, principalmente o Alexandre. Mas acabamos algemando os dois", disse Dias.
Além dele, o soldado Gilberto de Freitas Vivaldini, que também participou da ocorrência, e mais seis pessoas foram ouvidas na condição de testemunhas de acusação.
A filha do casal, A.R.A, 6, que estava relacionada para depor, acabou dispensada a pedidos dos advogados do casal.
Um dos momentos mais emocionantes da audiência foi quando o motorista da picape em que o bebê foi arremessado, Fernando Pompeo de Camargo, 73, chorou ao encarar Sara a pedido do juiz. Ele queria saber se a testemunha se lembrava de ter visto a mulher antes de Alexandre jogar o filho J.A.R.A, 1, contra seu carro. "Não me recordo", disse.
Outro momento marcante foi quando o pai de Sara, Santo Otávio Rosolen, agradeceu ao médico Jorge Vicente Chiarini Júnior por seu depoimento. "Deus lhe pague. Eu sou o pai de Sara", disse ao médico, durante sua saída.
Em seu depoimento, o médico não aponta Sara como culpada.
"As testemunhas confirmaram que ela [Sara] não teve participação ativa no crime", disse o advogado Pedro Marcelino.
Os oito depoimentos foram acompanhados pelo casal. Eles se viram pela primeira vez, desde a prisão. Alexandre e Sara participaram da audiência apenas como ouvintes. Os dois sentaram-se no mesmo banco e trocaram algumas palavras.
A maioria dos testemunhos indicou que Alvarenga provocou a colisão contra o outro veículo, arremessou o filho contra o pára-brisa do carro e seguiu com Sara para o bosque, onde ele batia a cabeça da filha contra uma árvore. Sara batia a própria cabeça.
Segundo a testemunha Carlos Eduardo Paes Pereira Sobrinho, no dia do crime, Sara respondeu, quando perguntada sobre o motivo das agressões, que "meu filho está com o pai". Depois deu uma risada e disse "satanás".
Também depôs na audiência a tia paterna de Alexandre, Maria Alvarenga Silva, que disse que a "irmã de Alexandre tem problemas mentais e a mãe dele é medicada regularmente por um neurologista."
O advogado de Alexandre, Luiz Henrique Cirilo, não foi encontrado após a audiência.
Durante a chegada do casal ao fórum, populares acompanharam o esquema especial de segurança montado pela Polícia Militar para evitar possíveis agressões contra o casal.
A perícia técnica fará, a partir das 10h desta quinta-feira, a reconstituição do crime com um amplo esquema de segurança policial.
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