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09/04/2003 - 16h18

Cataguazes diz que se responsabilizará pelo derramamento tóxico

da Folha Online

Representantes do grupo Cataguazes disseram hoje que a Florestal Cataguazes assumirá toda a responsabilidade pelo desastre ambiental ocorrido no dia 29 de março quando um reservatório com cerca de 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos se rompeu e contaminou os rios Pomba e Paraíba do Sul.

De acordo com os advogados, a empresa Cataguazes de Papel e a Florestal são independentes e não podem responder juntas pelos danos. Sendo assim, a Florestal Cataguazes arcaria com as responsabilidades pois o reservatório onde houve o acidente fica dentro da fazenda onde está instalada a Florestal.

Os advogadis disseram, porém, que a Cataguazes não vai assumir as responsabilidades criminais pelo acidente, já que a barragem foi "herdada" dos antigos donos da empresa, as Indústrias Reunidas F. Matarazzo.

As informações foram dadas durante entrevista coletiva na sede da indústria.

Além disso, os advogados criticaram o fechamento da Indústria Cataguazes de Papel.

A prefeita de Cataguases, Maria Lúcia Soares Mendonça (PFL), também participou da coletiva e e reforçou as críticas quanto ao fechamento da indústria.

O Ministério Público de Minas Gerais designou três promotores para trabalharem no inquérito que investiga o acidente, sob a coordenação do procurador de Justiça Jarbas Soares Júnior, coordenador das Promotorias do Meio Ambiente.

Além da ação civil, que visa ressarcir os danos, eles vão apurar também as responsabilidades, incluindo a participação dos órgãos ambientais envolvidos na questão.

O Ministério Público Estadual já havia apresentado à empresa um termo de "pré-ajustamento" para que a indústria assumisse os custos de algumas medidas emergenciais que estão sendo tomadas. Segundo a assessoria do órgão, essa negociação ficou prejudicada com a decretação da prisão dos donos das empresas. O proprietário do grupo, João Gregório do Bem, continua foragido.

Depois do acidente, a segunda barragem da indústria Cataguazes de Papel está sendo esvaziada aos poucos. O trabalho é necessário porque ela também corre o risco de se romper.

Mancha tóxica

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, Luiz Fernando Schettino, e o presidente do Ibama, Marcus Luiz Barroso Barros, sobrevoaram ontem o Estado para verificar se a mancha tóxica que chegou ao sul do Estado havia se alastrado.

Segundo Schettino, os produtos químicos na foz do rio Paraíba do Sul estavam se dispersando. "Não encontramos presença de material concentrado. Recomendamos que não se pescasse no sul do Estado por precaução", disse o secretário.

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