Promotoria denuncia vereadora suspeita de intermediar adoções ilegais na BA

O Ministério Público da Bahia denunciou na quarta-feira (5) a vereadora do município de Encruzilhada, Maria Elizabete de Abreu Rosa, por suspeita de aliciar mulheres grávidas e intermediar adoções ilegais de seus filhos. Duas grávidas também foram denunciadas.

Segundo a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Márcio de Oliveira Neves, a vereadora ofereceu, em abril de 2009, uma "recompensa" a Adeides Santos, que estava grávida de oito meses, para que entregasse seu filho após o parto. A mulher, que tem problemas cardíacos, aceitou a proposta e deu seu bebê em troca do pagamento de uma laqueadura e de exames cardíacos.

A denúncia aponta ainda que cerca de dez dias depois do parto, em um hospital de Vitória da Conquista, a vereadora esteve em um cartório acompanha do casal Edmilson Quartero e Carolina Quartero para registrar a filha de Adeides como deles. Para isso, eles afirmaram que o parto da criança aconteceu em uma zona rural.

O promotor aponta ainda na denúncia mais duas mulheres que teriam sido aliciadas pela vereadora. Uma delas, Cláudia Ramos aceitou entregar seu filho em abril de 2007. Já a terceira mulher desistiu de entregar seu bebê em troca de dinheiro.

As duas mulheres que entregaram seus filhos para a vereadora também foram indiciadas por prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. Pelo crime, elas poderão ser condenadas a pena de um a quatro anos de prisão e multa. Segundo o Ministério Público, a mesma pena poderá ser aplicada a vereadora.