Publicidade
Publicidade
CNBB reforça veto a padres homossexuais
Publicidade
LARISSA GUIMARÃES
da Sucursal de Brasília
Quase dez dias após discutir as denúncias de pedofilia envolvendo padres, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou nesta quinta-feira (13) um documento de orientação em que reforça a recomendação para que seja evitada a ordenação de homossexuais.
Leia pronunciamento da CNBB sobre abusos sexuais na Igreja
O texto foi dividido em três partes --a primeira trata da formação de novos padres. O texto diz que a Igreja deve "ater-se" ao documento de 2005, aprovado pela Santa Sé, chamado "Instrução sobre os critérios de discernimento vocacional acerca de pessoas com tendências homossexuais e da sua admissão ao seminário e às ordens sacras".
Dom Cláudio diz que padres têm que ser punidos
Comissão vai definir orientações para evitar pedofilia na Igreja
Tocar em adolescente é diferente de tocar em criança, diz bispo
Justiça aceita acusação de pedofilia contra padre em Franca (SP)
Padre de Franca será convocado pela CPI da Pedofilia
O documento define que, "embora respeitando profundamente as pessoas em questão, [a Igreja] não pode admitir ao seminário e às ordens sacras aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay".
O objetivo do texto é explicar como agir em casos de denúncias de abusos sexuais que envolvam membros da Igreja.
O assunto foi discutido na Assembleia Geral da CNBB. Padres foram acusados de abuso em São Paulo e Alagoas.
Ontem, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, defendeu a recomendação. "A posição da Igreja não pode ser interpretada como se fosse discriminatória, como se fosse de condenação ou de repúdio às pessoas que trazem a característica da homossexualidade."
"A questão se coloca em outro nível. A Igreja tem direito de estabelecer critérios para conceder o sacramento da ordem, constituir alguém como sacerdote", completou.
Ainda em relação à formação dos novos padres, a CNBB indicou que deverá ser feita uma "acurada seleção dos candidatos" ao seminário, com testes que permitam a admissão de pessoas "com indispensável saúde física e mental, somada aos atributos de equilíbrio moral, psicológico e espiritual".
Outra orientação foi a suspensão do padre de suas funções na paróquia quando surgirem denúncias, como a Folha havia adiantado ontem.
No documento fechado nesta quinta, a CNBB pediu perdão às vítimas de abuso sexual, reconhecendo "o mal irreparável a que foram acometidas".
Repercussão
Para o padre e teólogo inglês James Alison, o texto é "para inglês ver": "Estão fazendo declarações públicas grandiosas para dar a impressão de que estão limpando o curral, mas não estão atacando o problema. É um sério erro de categoria vincular pedófilos e gays."
Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a posição da Igreja é uma "atitude da idade das trevas".
Colaborou RICARDO WESTIN, da Reportagem Local
Outras notícias de Cotidiano
- Ato contra racismo lembra morte de motoboys em SP
- Cerca de 500 pessoas tiram a calça no metrô de SP
- Chuvas deixam mais de 4.000 fora de casa em SC; BR-101 permanece interditada
Especial
- Veja o que existe em arquivo sobre casos de abuso sexual
- Navegue no melhor roteiro de cultura e diversão da internet
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice